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Reforma está parada há um ano

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Construído numa área de 5,7 mil metros quadrados, o Centro de Reabilitação dispõe de salas de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia, psicomotricidade, pedagogia inicial (clínica), oficinas para trabalho de artesanato, pintura e cerâmica. Sem manutenção por anos a fio, as marcas da ação do tempo estão nas paredes, no teto e no piso. Uma licitação para uma ampla reforma da unidade, com recursos da ordem de R$ 1,1 milhão financiados pelo Ministério da Saúde foi deflagrada entre 2013 e 2014.

A construtora LMX Empreendimentos Eireli Ltda-ME foi a vencedora do certame e prometeu entregar, em três meses, os serviços concluídos. Entre eles estava a construção de uma nova piscina, adaptada para portadores de necessidades especiais e dependentes de cadeira de rodas. Sem justificativa plausível, a empresa abandonou o canteiro de obras e, passado um ano, a piscina que servia para práticas esportivas e fisioterapia se transformou num esqueleto de concreto sem nenhuma serventia. “Uma das nossas maiores perdas foi a não conclusão da piscina. Nela, nós fazíamos um trabalho incrível com os cadeirantes, que são os maiores prejudicados pela atrofia muscular”, lembrou emocionado o educador físico da unidade, Francisco Neto. Para a situação mudar, ele destacou que “é preciso um novo olhar sobre o CRI”.
Obra inacabada desativou piscina do Centro de Reabilitação, que era um importante equipamento no atendimento dos pacientes. Obra não tem data para ser retomada
#SAIBAMAIS#O Centro Especializado em Reabilitação vive uma realidade, no mínimo, antagônica. A empresa responsável pela reforma não adequou os banheiros às necessidades especiais dos seus usuários e, situações vivenciadas por Francisca Auzenira e o filho se tornaram comuns. Onde todos os ambientes deveriam ser adaptados, as portas de alguns banheiros não suportam a passagem de uma cadeira de rodas, enquanto outros estão interditados por problemas hidráulicos. Há, ainda, os problemas na rede elétrica, ainda do inícios da década de 1980, que não suporta a instalação de determinados equipamentos.

Sobre os problemas elencados, o diretor-geral da unidade, Sarcinelli Clemente Araújo Avelino, disse que “está tendo uma readequação do projeto e uma nova empresa será contratada”. Desde o dia 29 de setembro, porém, o Processo Nº 206328/2013-1-Sesap,  cuja descrição diz “solicitamos urgente providenciar licitação para reforma e manutenção nas instalações físicas e acessibilidade do nosso centro, informamos que os recursos são do convênio 772009/2012 – contrato de repasse 0389585-80/2012, s/anexo”, foi enviado à Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN), mas sem nenhuma movimentação posterior.

No que tange a retomada da obra, o diretor-geral do CER destacou que deverá ocorrer em fevereiro próximo e, indagado sobre os motivos pelos quais o Centro chegou ao ponto atual respondeu que “quando chegou, a realidade já era aquela e, apesar dos problemas estruturais, estamos dando o nosso melhor”. Representantes da LMX Empreendimentos Eireli LTDA-ME foram procurados para comentar o motivo do abandono da obra, mas não foram localizados. Recentemente, a mesma empresa venceu outra licitação aberta pela SIN, para a reforma das unidades prisionais, também não concluída. Somente este ano, o governador Robinson Faria visitou o CER em duas ocasiões. Em uma delas, anunciou a retomada das obras brevemente, o que não ocorreu.

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