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Reitores discutem futuro do ensino e UFRN firma parceria

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Margareth Grilo

Rio – “Gostaria que os estados colocassem paixão tanto nas universidades e na educação, como no futebol”. Foi com essa colocação que o marroquino Jamil Salmi, coordenador de ensino superior do Banco Mundial (Bird) fechou sua participação no debate “A Universidade hoje”, dentro da programação do 3º Encontro Internacional de Reitores Universia, que termina nesta terça-feira, na cidade do Rio de Janeiro. Salmi afirmou que, de uma forma geral, “falta capacidade [na maioria dos países] para implementar uma profunda reforma nas bases da educação, em todos os seus níveis.
Universidades de todos os continentes estão presentes no encontro internacional de reitores
O Encontro foi aberto ontem no RJ, com a presença de mais de 1.100 reitores e delegados de universidades ibero-americanas, que discutem as perspectivas para a universidade no século 21. Participando do evento a reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Ângela Paiva, afirmou que o evento é “um espaço de conhecimento estratégico para fortalecer as cooperações entre as instituições da Ibero América, e como forma de qualificar e ampliar o ensino, a pesquisa, a extensão e a inovação tecnológica”.

No caso da UFRN, o encontro já rendeu frutos. Ângela Paiva anunciou, em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, que fechou parceria com a Universidade Autônoma do México para intercâmbio de professores e alunos. “A UFRN é participante do Grupo Coimbra de Universidades e, como integrante, nós conseguimos firmar essa parceria”, disse ela.

O acordo vai permitir à universidade participar de uma importante rede de intercâmbio e conhecimento. “Ela vai possibilitar a mobilidade de professores e alunos, que podem ir ao México para se aperfeiçoar ou aprofundar conhecimento, e nós poderemos receber professores e alunos do México, numa troca de experiência, que fortalece a academia”, observou a reitoria da UFRN.

Digital
Um dos principais temas em debate no encontro é a revolução tecnológica digital e como ela está sendo incorporada no meio acadêmico, principalmente no quesito ensino à distância. Para Ângela Paiva, a educação à distância é uma das tecnologias que mais está ajudando na democratização do ensino superior e “cada vez mais vai se alastrar”. A UFRN citou ela, tem 10 cursos de graduação e pós-graduação à distância e pensa em expandir a oferta.

“Inicialmente, estávamos fazendo a formação à distância de professores, mas nossa Secretaria de Ensino à Distância, criada em 2003, está expandindo os cursos de graduação e pós-graduação à distância para outras áreas”, disse ela. Um exemplo é que a UFRN se candidatou junto ao Ministério da Saúde para atuar no programa Universidade Aberta SUS (Uma SUS), voltada para a qualificação continuada dos profissionais da saúde, em cursos à distância.

Ela explicou que – pelo menos nas universidades federais – os cursos à distância têm uma avaliação criteriosa do ponto de vista da qualidade.

Universidades de todos os continentes estão presentes no encontro: 80,5% da América Latina, 15,3% da Europa, 2,1% dos Estados Unidos e Canadá, 1,5% da Ásia e Oceania e 0,5% da África. Ao final do evento serão reunidas as conclusões dos debates entre os reitores para a evolução do ensino universitário.

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