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Relatório de Jobim vai recomendar Rafale

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Brasília (AE) – Com a decisão política tomada, a Força Aérea pacificada e uma redução de 10% no preço do pacote, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, vai encaminhar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nos próximos dias, uma exposição de motivos, acompanhada de um relatório assinado por ele, recomendando a compra de 36 caças franceses Rafale para equipar a FAB.

O impasse foi encerrado depois que uma comissão especial criada no Brasil pelo ministro Jobim, integrada pelos Ministérios da Defesa, da Fazenda e da própria Aeronáutica, foi à França e cobrou diretamente do governo francês a promessa feita pelo presidente Nicolas Sarkozy de redução de 10% do preço apresentado na última proposta, que não havia sido cumprida pela Dassault, além de outros esclarecimentos técnicos em relação a preço e transferência de tecnologia. Antes dessa última fase de negociação, os franceses só tinham reduzido o preço do pacote, estimado em US$ 10 bilhões, em apenas 1,8%. Do processo de seleção participam também o Gripen (sueco) e o F-18 (norte-americano).

Acertados os ponteiros entre os dois países, Jobim dirá na exposição de motivos que o Rafale é mesmo o melhor produto para atender as demandas da Estratégia Nacional de Defesa (END). E mais: agora, com o endosso dado pela Aeronáutica, o governo entende que todos os problemas estão superados. Na reunião de seu Alto Comando, na terça-feira, o assunto foi discutido e na ocasião foi preparada uma resposta ao questionamento do ministro se o Rafale atendia às premissas da Estratégia de Defesa, obtendo o aval da FAB. Os militares reiteraram que os três modelos em disputa eram considerados similares, que todos atendiam à Força Aérea e que o Rafale era o mais consistente em relação à Estratégia, mas reiteravam que não cabia a eles a decisão política. Os militares têm pressa que o assunto seja resolvido o mais rápido possível.

Depois de receber o relatório da Copac – Comissão Coordenadora do Programa de Aeronaves de Combate da FAB, que colocava o Gripen em primeiro lugar, o F-18 em segundo, e Rafale em terceiro, o ministro da Defesa decidiu pedir um parecer de duas das suas secretarias -Logística e de Mobilização e de Política Estratégica e Assuntos Internacionais – sobre as propostas apresentadas pelas três empresas concorrentes. Jobim queria que fosse checado, em detalhes, se as propostas apresentadas correspondiam às afirmações feitas pelas empresas, principalmente no tocante à transferência de tecnologia, ponto fundamental para o governo, que queria cumprir a Estratégia Nacional de Defesa.

As duas secretarias concluíram que, embora o preço do Rafale fosse o mais alto, ficou constatado que a transferência de tecnologia mais consistente é a dos franceses.

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