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Revistas criticam “paralisia” do MinC

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São Paulo, (AE) – Depois das artes cênicas, é a vez do pessoal da literatura. Editores, colaboradores e gestores da Rede de Revistas, projeto que inclui 20 revistas culturais de todo o País, enviaram ontem (09) uma carta contundente ao Secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, Sérgio Mamberti, criticando a paralisia do setor. Entre as revistas culturais que protestam, está a Matadouro, editada por órgão do MinC, a Cinemateca Brasileira. “Infelizmente, desde o início da gestão Dilma, o ministério não tem sido receptivo ao programa, se recusando reiteradamente em receber seus gestores e criando dificuldades para o encaminhamento do reembolso do recurso empenhado”, diz o documento.

Segundo Sérgio Cohn, editor e gestor da Rede de Revistas, esforço que atinge 19 Estados do País e reúne 245 colaboradores de áreas como música, cinema, teatro, artes visuais, fotografia e outros, o problema é grave. Segundo Cohn, o chefe de gabinete da Secretaria de Políticas Culturais, Rodrigo Galetti, teria dito em reunião que a verba disponível pela sua área para 2011 é de cerca de R$ 4,5 milhões para todo o País – cerca de um terço do recurso disponível no ano anterior.

Os atrasos sem justificativa, segundo os editores das revistas, têm causado prejuízos de toda natureza. Primeiro, porque parte do programa já recebeu recursos em sua primeira fase, destinados pela Petrobrás. “ Os pontos de distribuição conquistados em todo o território nacional podem ser perdidos, caso o desembolso não ocorra até outubro. E as 16 revistas contempladas no presente convênio estão com suas editorias paradas, causando sérios prejuízos financeiros para suas instituições proponentes”, informa o documento.

Os editores e gestores de revistas de arte se mostram preocupados com a situação interna do ministério. “Foi divulgado publicamente, nos últimos dias, o cancelamento de diversos projetos assinados e empenhados junto ao Ministério da Cultura. Isso aumenta a nossa preocupação, visto que demonstra que o discurso do atual Ministério da Cultura, e da própria gestão Dilma, de continuidade das políticas do governo anterior e de que os compromissos firmados junto à sociedade seriam honrados” não está sendo observado.

Escritores também se mostram contrariados com o ritmo da gestão cultural do MinC em 2011. A queixa é que já estamos em agosto e até agora os editais da Bolsa Funarte de Criação Literária e da Bolsa Funarte de Circulação Literária não foram lançados. E não há sinal, da parte do governo de que haja plano de lançá-los em breve.

O MinC lançou em Brasília, ontem, o Plano do Distrito Federal do Livro e da Leitura (PDLL), no Fórum + livro + leitura.

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