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RN cresce em ritmo mais lento

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Apesar da queda da mortalidade infantil e do aumento da expectativa de vida, o ritmo de crescimento populacional do Rio Grande do Norte está mais lento. Entre julho de 2013 e julho de 2014, o Estado ganhou 34.551 habitantes, crescimento de 1,02%, ante 1,65% em 2000, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa populacional 2014, publicada no Diário Oficial da União, serve de parâmetro para distribuição de recursos do Fundo de Participação e da Saúde entre os municípios brasileiros.
Em julho, população da região metropolitana de Natal ultrapassou 1,4 milhão de habitantes
A mortalidade infantil caiu mais de 60% nos últimos catorze anos, passando de 44,8 por cada grupo de mil crianças nascidas vivas em 2000 para 16,8 em 2014. Já a expectativa de vida aumentou cinco anos neste período. A taxa de fecundidade caiu de 2,6 filhos por mulher para 1,7. Nessas condições, o IBGE estima que o Rio Grande do Norte ganha um novo habitante a cada 15 minutos e 24 segundos. No Brasil, apenas 19 segundos.

#SAIBAMAIS#“O primeiro impacto desse crescimento mais lento já pode ser sentido nas escolas do ensino fundamental, que vêm registrando queda nas matrículas ano após ano, inclusive nas escolas da rede privada”, observou o economista Aldemir Freire, chefe da unidade estadual do IBGE no Rio Grande do Norte.

Segundo ele, os gestores públicos precisam voltar as atenções para a nova realidade do País. “Num futuro próximo já não haverá necessidade de construir prédios para abrigar novas escolas. Também haverá ociosidade de outros equipamentos. Ao mesmo tempo será preciso reestruturar a mobilidade urbana, fortalecer as políticas voltadas para os idosos.”

Outro impacto citado por Aldemir, em decorrência do envelhecimento da população, será na previdência social, tanto no plano nacional (INSS) como os fundos de pensão de Estados e municípios. “No futuro haverá menor pressão no mercado de trabalho exatamente por falta de mão de obra.” O envelhecimento, segundo ele, trará mudanças substanciais no  atual modelo consumo.

Para o economista, apesar da concentração de investimentos e oportunidades no entorno da capital, a região metropolitana de Natal jamais alcançará a grandeza de Recife ou de Fortaleza. “Dificilmente o Rio Grande do Norte chegará a 5 milhões de habitantes”, estima, com base em estudos do IBGE.

As projeções indicam que o declínio populacional no Brasil será iniciado entre as décadas de 40 e 50. No Rio Grande do Norte, um pouco mais adiante. A taxa anual de crescimento do RN, que era de  1,65% em 2000 e desceu a 1,02 este ano, cairá para 0,54% em 2030. Entre 1960 e 1970, o crescimento teve um ritmo de 3,9% ao ano.

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