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RN é um dos menos competitivos em ranking

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Renata Moura – Editora de economia

O Rio Grande do Norte é um dos estados menos competitivos do país e um dos que estão abaixo da média nacional em termos de ambiente econômico, político e políticas para investimentos estrangeiros. O retrato é apresentado no Ranking da Competitividade dos Estados de 2012, estudo realizado anualmente pelo grupo inglês Economist Intelligence Unit (EIU) e patrocinado pelo Centro de Liderança Pública (CLP).

Divulgados ontem, os dados mostram que o estado é o terceiro menos competitivo do Nordeste e que, de forma global, está na em uma das piores posições entre os estados do país, com uma taxa de competitividade de 29,7 [Veja o ranking nacional na página 2]. Numa escala de 0 a 100, quanto menor o número, pior para o estado.

Considerado esse parâmetro, o estudo mostra que o principal gargalo em território potiguar é a inovação. Das oito categorias avaliadas, foi nesta em que foi registrado o menor índice: 15,0. Esse foi o segundo resultado mais baixo do Nordeste.

A melhor nota do Rio Grande do Norte foi alcançada na área de políticas públicas para investimentos estrangeiros, área em que o índice chegou a 41,7 – o mesmo registrado nos estados da Paraíba, Maranhão, Alagoas e Sergipe. Para efeito de comparação,  a média nacional chegou a 58,8. Em Pernambuco, o índice chegou a 70,8.

Por outro lado, o estudo surpreende ao apontar a infraestrutura como um dos fortes do RN. Nessa categoria, o estado obteve o melhor desempenho do Nordeste (37,5), empatado com a  Bahia e a Paraíba. “Mas a infraestrutura continua representando um gargalo. No entanto, os estados poderão se beneficiar do Plano Nacional de Logística Integrada (PNLI), para defenderem as prioridades locais”, observa o estudo, ao comentar a categoria, de forma global, e não apenas o caso do Rio Grande do Norte.

O estado ficou abaixo da média nacional em seis das oito categorias avaliadas no ranking. Ainda assim, está entre os que subiram degraus no ranking, em relação ao estudo anterior.

De acordo com o Economist, a Bahia subiu do 10º para o 9º lugar; o Ceará, do 14º para o 13º; o Rio Grande do Norte, do 21º para o 19º e o Piauí, do 25º para o 24º, em comparação com o levantamento do ano passado.

SP e RJ lideram ranking de competitividade em 2012

São Paulo (AE) –  Lançado em 2011, o Ranking da Competitividade dos Estados de 2012  analisa 26 indicadores divididos em 8 categorias e dá notas de 0 a 100 para os Estados. Os cinco primeiros lugares deste ano são os mesmos do ano passado, com São Paulo à frente (77,1 pontos), Rio de Janeiro (71,8), Minas Gerais (62,8), Rio Grande do Sul (60,5) e Paraná (59,5). A média nacional ficou em 41,5 pontos. O último colocado deste ano foi o Estado do Amapá, com 17,7 pontos. O Piauí, último lugar no ranking anterior, neste ano ficou em penúltimo, com 22,6 pontos.

“Os Estados em geral precisam simplificar os sistemas fiscais e reduzir a burocracia para melhorar as condições gerais do ambiente de negócios”, detalha um trecho do estudo. “A infraestrutura continua representando um gargalo.”

O estudo ressaltou que houve melhoras nos serviços de telecomunicações e na preocupação com sustentabilidade. “A maioria dos Estados aumentou o foco na sustentabilidade por meio de legislações que visam reduzir emissões e incrementar o uso de energias renováveis entre 2011 e 2012”, avalia o documento.

As principais forças do País, de acordo com o estudo, são a capacidade de atrair investimentos estrangeiros e o ambiente político estável. “Apesar da desaceleração econômica, o Brasil continua atraente para investimentos”, ressalta o ranking.

Nesse quesito, os Estados do Sul e Sudeste se destacam, mas as outras regiões também estão se aperfeiçoando. “Os (Estados) do Norte e Nordeste estão no radar dos investidores estrangeiros. O Centro-Oeste também pode se beneficiar por conta da expansão do mercado consumidor e pelo aumento de renda gerada com exportações agrícolas”, pontua.

Oportunidades para atrair investimentos estrangeiros e o ambiente político estável são as principais forças dos estados brasileiros. De acordo com o diagnóstico, apesar da desaceleração econômica, o Brasil continua atraente para investimentos.

Embora os estados do Sul e do Sudeste se destaquem neste quesito, os do Norte e Nordeste estão no radar dos investidores estrangeiros. O Centro-Oeste também pode se beneficiar por conta da expansão do mercado consumidor pelo aumento de renda gerada com exportações agrícolas.

“Neste item, verificamos que diversos estados criaram agências de promoção de investimentos para ajudá-los a atrair uma parcela maior de capital estrangeiro”, afirma Robert Wood, pesquisador do Economist Intelligence Unit.

A questão da segurança pública no País foi descrita como um problema “epidêmico” durante a apresentação do ranking de competitividade dos Estados brasileiros de 2012. De acordo com o pesquisador responsável pelo ranking, Robert Woods, a taxa de cerca de 30 mortes por cem mil habitantes é “altíssima” na comparação com a média mundial, de seis mortes a cada cem mil. Em sua análise, esses dados influenciam os investidores internacionais na hora de fazer negócios no Brasil. “As empresas veem os prós e os contras antes de investirem e, certamente, tomam precauções nesse sentido. Vai estar na mesa do projeto a maneira como vão lidar com o que esse desafio representa”, avaliou.

Porém, o presidente do CLP, Luiz Felipe d’Ávila, disse que a recente escalada da violência em São Paulo não deve influenciar a competitividade do Estado.

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