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RN fechou quase 900 lojas em 2015

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Diante da maior crise registrada pelo varejo nos últimos 15 anos, estudo realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que 95,4 mil lojas com vínculo empregatício fecharam as portas em 2015 no Brasil. No Rio Grande do Norte, foram 870 – o que significa diminuição de 12,5% no número de estabelecimentos comerciais do estado, diz a CNC. Foi o primeiro resultado negativo desde 2005, ano inicial da série disponibilizada pela Confederação.
Em termos absolutos, hipermercados, supermercados e mercearias tiveram a maior redução no número de lojas, nacionalmente
Os números representam um balanço final do ano, de acordo com os dados de dezembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social. O volume nacional corresponde a uma retração de 13,4% nos estabelecimentos comerciais que empregam ao menos um funcionário. Nem mesmo as grandes lojas do varejo foram poupadas: nos últimos 12 meses, esses estabelecimentos registraram recuo de 14,8%.

De acordo com a Confederação, o fechamento das lojas está diretamente associado à queda no volume das vendas. “O levantamento evidencia a dimensão da crise no varejo, que afetou todos os setores, inclusive os grandes, que, teoricamente, têm mais capacidade de enfrentar o quadro recessivo. Além disso, chama a atenção porque ela está presente praticamente no País inteiro”, avalia o economista da Confederação, Fabio Bentes.

Setores
Todos os segmentos do varejo apresentaram queda no número de lojas, no país, destacando-se, em termos relativos, os ramos mais dependentes das condições de crédito, tais como: materiais de construção (-18,3%), informática e comunicação (-16,6%), móveis e eletrodomésticos (-15,0%). Em termos absolutos, no entanto, hipermercados, supermercados e mercearias foi o segmento que teve a maior redução no número de lojas em relação a 2014. Foram 25,6 mil estabelecimentos fechados no ano passado, de um setor que reponde por um em cada três pontos comerciais do País. Esse segmento e o de lojas de vestuário e acessórios responderam por quase metade (45,0%) das lojas que saíram de operação. A Confederação não detalhou o número de fechamentos em cada setor por estado.

O estudo revela, no entanto, que das 27 unidades da Federação apenas uma não apresentou queda no número de lojas: Roraima. Espírito Santo foi o Estado mais afetado (-18,5%), seguido por Amapá (-16,6%) e Rio Grande do Sul (-16,4%). Os Estados de São Paulo (-28,9 mil), Minas Gerais (-12,5 mil) e Paraná (-9,4 mil) responderam, juntos, por mais da metade (53,3%) da queda no número de estabelecimentos.

De acordo com dados mais recentes da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, de janeiro a novembro de 2015 o varejo nacional registrou retração de 8,4% no conceito ampliado, que incorpora os resultados do comércio automotivo e de materiais de construção, superando o primeiro recuo em 15 anos, verificado em 2014 (-1,6%).

Após uma década com saldo positivo em abertura de lojas, o RN fechou 2015 com retração no setor. Foram 870 lojas a menos em operação, diz a CNC. Confira os números abaixo:

PORTAS FECHADAS
Estudo mostra um dos efeitos da crise no comércio.

Ano       Lojas
2005    +674
2006    +219
2007    +444
2008    +739
2009    +125
2010    +775
2011    +278
2012    +210
2013    +315
2014    +64
2015    -870

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