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Saldo de empregos cresce 91% no RN

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Andrielle Mendes – Repórter

O Rio Grande do Norte fechou os primeiros sete meses do ano com um saldo de empregos formais quase 15 vezes maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Só em julho, foram criados 2.478 empregos com carteira assinada  – número 91,6% maior que o registrado em julho do ano anterior. Todos os estados do país fecharam o mês com saldo positivo, um feito inédito este ano. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho em Emprego (MTE).
A construção civil foi um dos setores que mais contraram no estado
Rodolfo Torelly, diretor do departamento de Emprego e Salários do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), diz, porém, que ainda é cedo para falar em recuperação.  “É um bom resultado. Não podemos dizer que é o início da recuperação, mas há vários fatores positivos”, comentou, em entrevista à Agência Estado.

No Brasil, foram criados 142.496 postos de trabalho em julho, um incremento de 1,3% em relação a julho de 2011. O Ministério do Trabalho e Emprego esperava a criação de 100 mil a 120 mil vagas no máximo.

No caso do Rio Grande do Norte, apesar do avanço, o resultado no mês passado foi o quarto pior em dez anos para o período. O estado já havia fechado o primeiro semestre com a menor taxa de crescimento do país no mercado de trabalho.

Em passagem por Natal para uma palestra sobre qualificação profissional dos trabalhadores dispensados do setor canavieiro, Mariângela Rodrigues Coelho,   representante da Secretaria de Políticas Públicas do Ministério do Trabalho e Emprego e coordenadora geral de Certificação Profissional,  evitou comentar a situação do Rio Grande do Norte, mas disse que a tendência é que o número de empregos formais continue subindo ao longo do ano.

No estado, setores como o de Comércio e Serviços, que juntos foram responsáveis por 57,5% de todas as contratações no mês, e Construção Civil, que fechou o mês com saldo de 818 novos empregos, ajudaram a puxar o saldo para cima. Para Arnaldo Gaspar Júnior, engenheiro e presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no RN (Sinduscon RN), os investimentos públicos começam a destravar, impulsionando a geração de empregos e aquecendo novamente o setor. A previsão, segundo ele, é encerrar o ano com um incremento de 10% no número de empregos. “O ritmo do crescimento, no entanto, dependerá da execução das grandes obras de infraestrutura”, pondera.

A Indústria de Transformação, em direção contrária, fechou o mês com um saldo de 241 empregos a menos. O setor não só não conseguiu recuperar os postos fechados em 2011, como aumentou o número de demissões em 2012.

Comércio contrata e também vende mais no mercado potiguar

Renata Moura – Editora de economia

O comércio do Rio Grande do Norte não se destaca apenas no mercado de trabalho. Em junho, o setor foi, no Brasil, um dos que que mais cresceram em volume de vendas. O cenário é apresentado na Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada também ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com os dados, o volume de vendas no estado avançou 5,6% no primeiro semestre e 12% se considerado apenas o mês de junho, na comparação com os mesmos períodos do ano passado. Em maio, o setor também havia registrado crescimento.

COMPARAÇÃO

O desempenho potiguar atingiu, em junho, a quarta melhor posição do Nordeste, atrás das alcançadas no Maranhão (+18,3%), na Bahia (+13,9%) e em Pernambuco (+13,7%). Também ficou acima da média nacional, de 9,5%.

Os números não incluem as vendas de automóveis e  materiais de construção. Se considerados esses dois segmentos, entretanto, também há expansão no volume comercializado no RN: de 5,3% no semestre e de 13,7% apenas no mês de junho. No Brasil, os avanços foram, respectivamente, de 7% e 12,3%, nos mesmos períodos.

Nacionalmente, a pesquisa destaca as vendas de veículos, motos, partes e peças (16,4%); móveis e eletrodomésticos (5,3%) com as maiores expansões. As duas atividades vêm sendo beneficiados por fatores como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que ajudou a aumentar o consumo, prometendo redução de preços nas lojas. No caso dos veículos, se não for prorrogado, o incentivo vai acabar no final deste mês.

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