Para o economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Alves de Melo, em “tempos normais”, o cenário atual deveria gerar desemprego, mas a diminuição da busca por trabalho vem impedindo esse movimento. Em entrevista ao Broadcast, o economista disse que os dados reforçam a análise de que o cenário atual no País é de uma atividade econômica com pouca força.
#SAIBAMAIS#Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria Integrada, fez avaliação semelhante. Ele ponderou que o número de julho ainda é muito baixo e indica que a situação do mercado de trabalho brasileiro é moderada. Para os próximos meses, no entanto, Bacciotti afirma que a tendência é de melhora em relação aos seis primeiros meses do ano. Entre outros motivos, ele cita uma melhora da atividade econômica, apesar de continuar moderada, e a presença de mais dias úteis nos próximos meses, principalmente em relação ao segundo trimestre do ano.
Entre os oito setores observados na pesquisa, sete expandiram o nível de emprego em julho. A exceção foi a indústria que seguiu demitindo. Ajudou a segurar o desempenho global ainda no positivo o setor de serviços (11.894 postos), agricultura (9 953), construção civil (3.013) e administração pública (1.201). O comércio gerou 955 postos e o setor “extrativa mineral”, 72 vagas. O setor de serviços industriais de utilidade pública criou 100 postos. Os dados do Caged mostraram ainda que, das 27 unidades da federação, 10 demitiram mais que contrataram e 17 ficaram com saldo positivo na geração de emprego. O Rio de Janeiro foi onde mais ocorreram desligamentos: 7.049.