Renata Moura – Enviada ao Rio de Janeiro
Rio – O Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) lançou oficialmente ontem a edição 2011 do Desafio Sebrae, um jogo de negócios voltado para universitários, que demanda investimento anual de aproximadamente R$ 11 milhões. No ano passado, 158.471 estudantes de todo o país participaram, dos quais 2.974 no Rio Grande do Norte. A meta para a atual edição – em que o desafio será gerir uma empresa que produz e comercializa veículos ecologicamente corretos – é alcançar, no estado, cerca de 3 mil competidores.
Esta será a 12ª edição do jogo, que começou a ser idealizado em 1997, mas só foi lançado como disputa três anos depois. Na versão piloto, foram reunidas 200 equipes no país, com cerca de 900 estudantes, espalhados por 67 cidades, em 20 estados. Em 2004, estrearam na competição universitários de outros países.
O Rio Grande do Norte ainda não está na lista de vencedores nacionais nem internacionais, mas tem avançado em termos de adesão nos últimos anos. Dados do Sebrae apontam que o número de participantes no estado passou de 2.219 para 2.974, entre os anos de 2009 e 2010. A meta este ano é superar a marca de 1 milhão de participantes, considerando a soma dos países e das edições. Além do Brasil, participam do jogo Panamá, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Paraguai, Uruguai e Argentina. Em toda a América Latina, 540.555 participantes já concorreram aos prêmios, que, para o campeão nacional, incluirão, este ano, troféus, certificados, bolsas de estudo para cursos online na Fundação Getúlio Vargas e uma viagem internacional para conhecer um centro de empreendedorismo no exterior.
Até a final da competição, o caminho é, no entanto, longo. São seis meses de disputa, no que pode ser considerada uma verdadeira imersão no mundo dos negócios. Por meio do desafio, os estudantes simulam o gerenciamento de uma empresa e a concorrência com outras empresas do mesmo ramo. O jogo exige desde a tomada de decisões para implantação e investimentos do negócio – o que inclui a escolha do nome da companhia e a contratação de funcionários – até o desenvolvimento de estratégias de marketing, a compra de insumos de produção e a aquisição de pesquisas de mercado, para avaliar o desempenho da empresa e da concorrência.
E se a empresa vai mal de “caixa”? Os administradores têm, como na vida real, a opção de recorrer ao banco para dar fôlego aos investimentos. Qualquer decisão errada, entretanto, pode significar pontos a menos durante as rodadas em que se trava a disputa e também, claro, o risco de insucesso do negócio. “O foco na aprendizagem é o mais importante”, diz a coordenadora do Desafio, pelo Sebrae, Carla Virgínia.
O desenvolvimento do trabalho em equipe é outro ponto estimulado pela competição, disse, em entrevista coletiva, o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto. Mas esses não são os únicos legados deixados pelo jogo. “O desafio tem o propósito de levar aos estudantes a experimentação do que é ser empresário. Isso não quer dizer que todos os que participam vão abrir uma empresa após a competição, mas que todos saem do jogo com noções de empreendedorismo que poderão aplicar na carreira, independentemente da área de atuação que escolham”, complementa o coordenador do jogo pelo Instituto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Coppe/UFRJ, Maurício Guedes.
O resultado da final internacional do Desafio, em que concorrem os vencedores das etapas nacionais, estava previsto para ontem, no Rio de Janeiro, mas ainda não havia sido anunciado até o fechamento desta edição. O Brasil estava sendo representado por uma equipe de Pernambuco.
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Inscrições: 6 de abril a 11 de maio.
Onde se inscrever: www.desafio.sebrae.com.br
Custo da inscrição: R$ 50 por equipe.
Tema: Veículos sustentáveis – bicicletas
Competição: maio a novembro de 2011
