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Sebrae RN confirma cenário pior para emprego no Estado

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O Sebrae RN confirma a desaceleração da geração de empregos nos pequenos negócios do estado. Numa análise em que “descola” as microempresas das empresas de pequeno porte, informando os números dos dois portes separadamente, a  entidade local mostra que as microempresas foram as únicas com saldo de empregos positivo no primeiro semestre, no estado (+ 6.171 vagas). Pequenas, médias e grandes empresas tiveram saldo negativo.

#SAIBAMAIS#No caso das microempresas, o desempenho positivo ficou, no entanto, restrito aos estabelecimentos que possuem até quatro empregados – embora nem eles estejam abrindo tantas oportunidades quanto antes.

Para se ter ideia,  em junho de 2013 as microempresas com até quatro empregados geraram 1.162 vagas. No mesmo período deste ano foram 358. No semestre, o saldo – que no ano passado foi de  7.604 vagas – ficou em 7.475.  Entre as que empregam de cinco a 19 trabalhadores – também enquadrados como micro – há mais demissões do que contratações.

No caso das empresas de pequeno porte, o desmepenho foi negativo em junho e no semestre. Em junho, foram eliminados 666 empregos, enquanto no mesmo período do ano passado o saldo foi positivo (+3 vagas). No semestre, elas demitiram 1.431 trabalhadores a mais do que contrataram. No ano passado, o saldo também foi negativo, mas estava mais favorável: foram -604 vagas, no período.

Perguntas e respostas – emprego

Análise do Sebrae Nacional com todos os Estados mostra que o segmento de micro e pequenas empresas do RN teve o segundo pior saldo do Brasil, em junho, empatado com o Distrito Federal. O que provocou isso?
O desempenho negativo foi oriundo, principalmente, das microempresas dos setores da construção civil e comércio, que, de acordo com os dados do Caged, tiveram saldo negativos -386 e -166, respectivamente. Se compararmos o mesmo período do ano passado, vemos que a construção civil teve saldo positivo de 301 vagas e o comércio saldo negativo de apenas 16 vagas. Acredito que esse desempenho abaixo da média de anos anteriores foi, justamente, devido ao fim das obras de mobilidade em Natal, aeroporto de São Gonçalo e a dificuldade enfrentada por alguns setores do comércio devido aos horários de funcionamento sazonais durante o mês. Já o saldo das Empresas de Pequeno Porte (EPP) apresentou uma curva fora de linha, uma vez que em 2013 elas tiveram saldo positivo de 3 vagas, enquanto este ano tiveram saldo negativo de -666. Desse resultado, o grande influenciador foi, novamente, o setor da construção civil, o qual obteve saldo negativo de -428.

Em relação ao primeiro semestre, o que explica o desempenho positivo das microempresas isoladamente? O que estimulou a criação de 6.171 vagas?
O grande alavancador foi o setor de serviços, principalmente na área de alojamento e alimentação (que compõem a cadeia do turismo), ensino e comércio e administração de imóveis, que gerou mais da metade das vagas neste período.

As microempresas vêm em uma sequência de saldos positivos ao contrário de outros portes de empresa. Por que elas têm se saído melhor?
É possível que as políticas de desoneração deste segmento estejam favorecendo as contratações, por outro lado estas são as empresas mais flexíveis e adaptáveis ao mercado exatamente pelo pequeno porte de suas estruturas. No entanto, sem um estudo aprofundado e representativo fica difícil identificar com segurança as motivações para a maior geração de empregos nestas empresas.

Para as pequenas empresas o saldo piorou, neste semestre. Houve uma intensificação nas demissões. Por que as pequenas sofreram mais do que outros portes de empresas este ano?
É possível que tal resultado tenha sido obtido devido às contratações no início do ano para as obras de mobilidade e aeroporto e das demissões ocorridas devido ao fim destas obras.

Qual é a tendência para o restante do ano? Haverá mais empregos ou o cenário será ruim?
Considerando as micros e pequenas empresas, a expectativa é de manutenção das vagas. No setor de serviços há a possibilidade de um aumento de empregos na cadeia do turismo (serviços de alimentação e hospedagem), devido aos benefícios de exposição do estado durante a Copa do Mundo. No comércio é possível que haja uma manutenção das atuais vagas com pequeno aumento no fim do ano devido às festividades. Variações mais significativas dependerão do comportamento geral da economia, da realização de investimentos públicos previstos, recuperação da indústria local e da atração de empreendimentos privados.

Fonte: Sebrae RN

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