A nova secretária estadual de turismo, Gina Robinson, acredita que o “efeito pós-Copa” pode alavancar o Rio Grande do Norte como destino turístico internacional. A declaração foi dada ontem, em meio a um cenário de redução de voos comerciais para o Estado, e recentemente, à desistência de um cruzeiro marítimo com passageiros estrangeiros de escalar no porto de Natal. Os turistas virão no período da Copa do Mundo, mas desembarcarão em Recife e serão transportados a Natal de ônibus.
Em entrevista coletiva ontem, a secretária – que foi empossada no dia 4 de abril – afirmou que, para alavancar o turismo pós-Copa, conta com a “espetacularização” da cidade pelas mídias espontâneas, que estarão no país para veicular o evento esportivo, e com projetos de divulgação em parceria com a Empresa Potiguar de Promoção (Emprotur), após o evento.
Como ação inicial e imediata, as janelas de aeronaves da Gol, Tam, Tap e Avianca receberão adesivos com imagens de atrações turísticas do RN. Pela Gol, serão 20 aeronaves com o material durante maio e junho. As demais empresas aéreas farão a promoção em junho.
Nas divulgações após o período de Copa, promovidos pela Emprotur, a secretária pretende focar em dois países: Alemanha e Estados Unidos. O primeiro, pela facilidade de captar voos, já existentes nos estados vizinhos, Ceará e Pernambuco; e os Estados Unidos, por causa da identificação histórica caracterizada pelo Museu da Rampa, em processo de construção.
O maior número de reservas atuais em Natal, para a Copa, é de visitantes dos EUA (29%), Uruguai (14%) e Itália (7%). Além de os EUA ser o maior emissor de turistas durante a Copa, também são os que permanecerão por mais tempo no Brasil. A média de estadia em Natal será de 9 a 21 dias – dados da empresa espanhola Forward Data.
A estimativa de movimentação turística, dada pela Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) é de 600 mil estrangeiros no Brasil, destes, entre 10 a 15 % viriam para Natal, o que corresponde de 60 mil a 75 mil estrangeiros.
