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Seec fecha escola estadual no Tirol

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Igor Jácome
repórter

A Escola Estadual Doutor Manoel Dantas, no bairro Tirol, em Natal, estava fechada na tarde de ontem. Nas grades no muro, uma faixa anunciava que a pré-matrícula nos primeiros anos do Ensino Fundamental estavam abertas. Mas, de acordo com a direção da Escola Estadual Sebastião Fernandes de Oliveira, endereçada exatamente ao lado, as matrículas na Manoel Dantas estavam suspensas no Sigeduc, o sistema utilizado pela Secretaria Estadual de Educação [Seec]. “Ainda não existe nada oficial. Mas nos informaram que a escola não vai mais funcionar neste ano”, contou o vice-diretor da instituição vizinha, Luiz Arrais.
Apesar da faixa anunciando matrículas, secretária Betânia Ramalho confirmou que a E.E. Manoel Dantas não funcionará este ano
A informação foi confirmada à reportagem da TRIBUNA DO NORTE pela secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho. “Essa será a única escola em Natal que passará por uma readequação em 2014”, assegurou. Mas outras escolas potiguares já deixaram, ou vão deixar de funcionar no interior do Estado.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação [Sinte],  mais de 100 instituições da rede pública estadual foram fechadas pelo governo desde 2011. A Seec negou este número, mas também não pôde precisar a quantidade exata de instituições que deixaram de funcionar. A titular da pasta prefere denominar as mudanças como  readequações.

Um processo que segundo ela funciona da seguinte forma: alunos de escolas “improdutivas” são transferidos para escolas próximas, com melhor infraestrutura e quantidade de vagas suficiente. De acordo com o governo, muitas escolas tinham matrículas aquém de sua estrutura e “havia uma grande desorganização” quando a atual gestão assumiu a pasta.

#SAIBAMAIS#Um dos fatos apurados seria a existência de muitas turmas com baixo número de alunos e escolas abertas, umas próximas as outras, com poucos estudantes em sala. Isso elevava os gastos e gerava problemas como a falta de professores. A Escola Manoel Dantas seria um desses exemplos. A instituição conta com pouco mais de 100 alunos, que devem ser transferidos para a escola vizinha neste ano.

A empregada doméstica Francisca Barbosa da Silva, 37, foi procurar uma vaga para o filho, de oito anos, ontem. Eles moram em Parnamirim, mas a escola seria mais cômoda porque fica perto do trabalho de Francisca. “Não sabia que fechou. Ninguém avisou. Vou ter que voltar amanhã para tentar nessa ai do lado [E. E. Sebastião Fernandes]”, disse.

Porém o vice-diretor da Escola Sebastião Fernandes, que tem cerca de 400 alunos, avalia que sua escola não teria condições para atender toda a demanda. “Temos 400 alunos, 12 salas de aulas. Lá, eles têm um público de ensino infantil e alguns deles são especiais”, coloca Luiz Arrais. A secretária, por sua vez, garante que a escola tem condições para receber os novos alunos e ainda espera sobra de vagas.

De acordo com Betânia Ramalho, não são apenas os alunos reordenados. “Os professores e a equipe pedagógica também são transferidos e continuam o trabalho normalmente no novo local”, acrescentou. O número de matrículas na rede estadual de Educação tem caído nos últimos anos. Entre os fatores listados pela Seec, estão a expansão dos institutos técnicos do Governo Federal e a abertura de escolas por parte das prefeituras.

Apesar de ser uma obrigação constitucional dos municípios, o Estado tem muitas escolas que atendem alunos do Ensino Fundamental. Essas mudanças seriam um dos principais fatores considerados para as readequações. As escolas estaduais tem até amanhã para concluir a renovação dos estudantes que já são da rede. O processo é feita pela própria equipe da escola, através do www.sigeduc.rn.gov.br.

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