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Segurança, Educação e Saúde ameaçam greve

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Pelo menos quatro categorias de trabalhadores do estado podem entrar em greve até o final do mês. As paralisações afetam serviços essenciais como educação, saúde e segurança pública. A temporada de greves teve início na última segunda-feira (10) com aprovação do indicativo de greve pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol). Ontem, os sindicatos da Polícia Federal e dos servidores estaduais em saúde seguiram a mesma linha, convocando assembleias para discutir o assunto.

As pautas recaem sobre as reivindicações  recorrentes de ajuste salarial. O Sindsaúde e o Sinpol seguem a linha do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte),  e acusam o Governo do Estado de engavetar acordos já negociadoss. Os professores do estado estão parados desde o dia 28 de janeiro deste ano. Nesta terça-feira, a ALRN aprovou três dos cinco projetos voltados para educação que eram reivindicados pelo Sinte: a progressão de carreira, a nova classificação das escolas estaduais e a gratificação para o corpo diretor das escolas.

#SAIBAMAIS#As demais categorias prometem seguir a mesma radicalização caso os acordos não sejam cumpridos. De acordo com Francisco Alves, diretor financeiro do Sindicato dos Policiais Civis, um acordo foi realizado com o Governo do Estado em setembro de 2013, após 64 dias de paralisações. Entre as principais reivindicações, estavam a reestruturação das garantias, a retirada de presos das delegacias e a equiparação salarial com o cargo de operador de segurança pública estadual de nível superior. Caso aprovado, o salário inicial da categoria pularia de R$2667 para R$6050.

“Os trabalhadores do Itep também se uniram a nós e cobram o envio do estatuto do Itep à Assembleia Legislativa. O projeto, que foi formulado por eles, está engavetado no Gabinete Civil há meses”, acusa o diretor financeiro do Sinpol RN. Segundo Alves, caso  nenhum posicionamento seja tomado pelo governo, a categoria entrará em greve no dia 24 de março. A mesma acusação é feita pela diretora do Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde (Sindsaúde), Simone Dutra. A categoria – que não representa os médicos – teve 34 dias de paralisação no ano passado. Durante a greve, serviços como o ambulatório de queimados e as cirurgias eletivas do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel foram suspensas – o que pode se repetir em 2014.

“Nosso plano de cargos, carreiras e salários, negociado com o governo em 2012, foi publicado errado. Houve uma redução do nosso salário base em vez da incorporação de uma das gratificações. O governo de fazer uma mudança na lei e reajustar a tarifa, mas o projeto não saiu do Gabinete Civil até hoje”, aponta. Segundo a presidente do Sindsaúde, não haverá mais conversa: 70% dos 15 mil servidores da saúde devem entrar em greve no dia 19 de março, caso o projeto de lei não seja encaminhado à Assembleia até essa data.

Já o Sindicato dos Médicos (Sinmed) pretende recuar do indicativo de greve aprovado no dia 25 de fevereiro. Na segunda-feira, os médicos se reuniram em audiência com o prefeito Carlos Eduardo Alves para a negociação das gratificações. “O prefeito se mostrou favorável e encarregou as secretarias de saúde e planejamento de realizar um estudo do impacto e viabilidade jurídica”, afirmou Geraldo Ferreira, presidente do sindicato. A proposta do sindicato prevê uma gratificação de 14% em 2014, e de mais 18% até 2018. O plano de implantação do piso nacional também será apresentado ao Estado.

O sindicato dos Policiais Federais do RN seguiu a recomendação nacional e suspendeu  ontem as atividades. A paralisação de três dias reivindica o  reenquadramento das funções  dos  policiais federais, devido ao cumprimento de tarefas de nível superior por parte dos agentes e escrivães.

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