Estamos entrando na semana que gerou polêmica no futebol do RN, a semana de ABC x Corinthians, jogo amistoso no Frasqueirão às oito da noite e América x Vasco, decisão de vaga na Copa do Brasil, 22h na Arena das Dunas. Houve um princípio de tumulto quando as datas foram anunciadas, gritos daqui e dali, mas os eventos estão mantidos e com a chancela e garantia da Polícia Militar, através do Comando Geral. Logicamente que a violência entre torcidas é uma preocupação, mas como os jogos acontecendo com duas horas de diferença de um para o outro, fica muito mais fácil para a Polícia trabalhar. Eventuais confrontos nos corredores já conhecidos pelas autoridades acontecem em qualquer grande jogo, e eu entendo que devemos confiar no trabalho da PM, do Batalhão de Choque, do Bope. Ninguém vai sair do Frasqueirão e invadir a Arena das Dunas e ninguém vai deixar de assistir o jogo da Copa do Brasil apenas para tumultuar um amistoso. Tentaram criar um clima alarmista sem necessidade. Os dois jogos irão transcorrer dentro da normalidade, até porque não sei se teremos nos dois eventos, o público que se imaginou. Tomara que sim, mas a derrota do América e o momento do ABC, tendem a afastar o público dos estádios.
Confiança
É o que o time do América precisa neste domingo na Arena das Dunas para enfrentar o Confiança pela Série C do Brasileiro. O time fez uma boa apresentação em São Januário contra o Vasco da Gama . Time de Roberto Fernandes tem bons jogadores, acima da média da Terceirona, mas não está conseguindo, não está sabendo se impor na competição. Neste domingo contra o Confiança, com todo o respeito que merece o time sergipano bem treinado pelo Betinho e que vem embalado pela vitória sobre o Fortaleza, o América precisa jogar com disposição, precisa fazer a melhor qualidade técnica. É um time – concordo em gênero, número e grau com Edmo Sinedino – de Série B disputando a C, e tem a obrigação de fazer valer a superioridade. Uma vitória hoje e o time embala para fixar moradia no G4 e passar para a segunda fase.
Urucubaca
Torcedor alvinegro não pode esquecer que o time levou um azar tremendo com dois jogadores que por certo estariam hoje fazendo a diferença no Brasileiro. Nen, que chegou aqui inteiro, sofreu ruptura de ligamentos e meniscos, passou por cirurgia e volta em setembro ou outubro, no apagar das luzes da competição, e Zé Mário, que com uma lesão de quadril, foi cirurgiado pelos médicos do Internacional e depois de recuperado não foi devolvido pelo clube gaúcho. Para completar, Ronaldo Mendes, com lesão de menisco depois de entrada maldosa do volante Amaral do Vitória foi para a “faca” e fica fora por pelo menos mais 40 dias. Com um elenco limitado, perder três jogadores, um em definitivo e outro por longo período complica a vida de qualquer um.
Contratar
Na coletiva que concedeu na última quinta-feira, o superintendente de futebol do ABC, Rodrigo Pastana, ao responder pergunta sobre a nota oficial do ex-treinador Gilmar Dal Pozzo, que disse ter pedido sete contratações e não recebeu nenhuma, Pastana disse que dos sete reforços pedido por Dal Pozzo, duas no “máximo caberiam no elenco” e ainda assim esbarraram na questão salarial. Mas o fato é que a partir das chegada de Toninho Cecílio, o ABC vai ter que contratar, não um time inteiro como dizem alguns que insistem que está tudo errado no elenco montado por Pastana. O time tem carências pontuais e eu insisto, um zagueiro, um lateral para a esquerda, um primeiro volante e um meia, de imediato quatro contratações. Continuo entendendo que o time do ABC não é ruim, está na média da competição.
Criticar os erros
As normas da Comissão Nacional de Arbitragem, garantindo plenos poderes aos árbitros, de certa forma inibiu as reclamações de jogadores, mas inibiu de tal forma, que nem mesmo o capitão do time tem coragem de encostar no árbitro e reclamar. Sabe que o cartão amarelo foi banalizado no futebol brasileiro e é aplicado por qualquer coisa. Como fazer então? Penso que os clubes devem tomar a frente, gravar jogos, publicar lances duvidosos e de erros nos sites oficiais e seguir com envio de material de protesto para a CBF. Volto a tocar no assunto para lembrar o jogo entre Vasco x América, onde o árbitro Thiago Duarte Peixoto, errou ao marcar pênalti de Flávio Boaventura e errou na questão do tempo de acréscimo, que resultou em um dos gols do Vasco. Se jogadores e treinadores foram proibidos de reclamar, que os clubes usem seus veículos oficiais e mostrem os erros, que com a força das redes sociais certamente ganharão destaque.
Janela aberta
Como a transação com o Emirates Club não se concretizou, o artilheiro Kayke continua no ABC e à disposição do treinador, o que não significa que ele não pode sair a qualquer momento, enquanto a janela internacional estiver aberta. Mas é vero que a permanência dele neste momento dá ao treinador mais uma opção de ataque. O que Kayke precisa parar é de querer fazer gols bonitos, gol é gol, todo ele é bonito. Por vezes tenho a impressão que o atacante quer fazer gol para a televisão e acaba se enrolando. É um bom jogador, tem habilidade mas tem que jogar de forma simples e objetiva. Fazer o que ele sabe, gols. Feios ou bonitos, mas tem que fazer gols.
Parabéns
Deputado Kelps Lima está de parabéns ao conseguir aprovar na Assembléia Legislativa, que a Arena das Dunas passe a se chamar Marinho Chagas em homenagem ao maior jogador de futebol da história do Rio Grande do Norte. Fico profundamente irritado quando leio comentários que misturam a vida pessoal de Marinho, que foi vitima de uma doença chamada alcoolismo, zombando da justa homenagem. Marinho Chagas merece todas as homenagens possíveis e imagináveis. Nome de estádio, de rua, de escolinha de futebol. Marinho Chagas foi e sempre será o maior de todos no futebol potiguar.
