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Semopi já tem projeto para Mãe Luíza

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Roberto Lucena
repórter

A Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi) recebeu ontem, dia 25, os projetos de drenagem e nova escadaria para a área destruída pelas chuvas e deslizamentos de terra no bairro Mãe Luíza. Até a próxima segunda-feira, dia 30, o titular da secretaria, Tomaz Neto, espera receber mais três projetos e as planilhas de custos do conjunto de obras para solicitar verba junto ao Governo Federal. Também ontem, operários começaram a construção de um muro com sacos de areia para evitar o processo erosivo na cratera aberta há quase duas semanas.
Semopi está erguendo, no meio da cratera, um muro de contenção formado por sacos de areia para evitar a erosão da área afetada
Os projetos prometem mudar a ocupação urbana em Areia Preta e Mãe Luíza. A intervenção arquitetônico de maior porte está relacionada a construção de uma escadaria no lugar onde hoje existe a cratera. A TRIBUNA DO NORTE teve acesso, com exclusividade, às plantas dos projetos. Com relação à escadaria, a proposta, inclusive, já tem nome. A “Ladeira da Guanabara” terá largura de 30 metros, comprimento de 78 metros e desnível ascendente, a partir da avenida Sílvio Pedroza, de 24 metros.

#SAIBAMAIS#Segundo o titular da Semopi, Tomaz Neto, o projeto foi concebido – de forma gratuita – pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). O novo equipamento público foi projetado para ter acesso largo, sem barreiras arquitetônicas. Na definição dos projetistas, a “Ladeira da Guanabara” será “uma porta do bairro para o mar, do mar para o bairro”.

A ladeira terá rampa de acessibilidade com declividade suficiente para uso de cadeirantes. O projeto prevê ainda a construção de um posto policial e parada de ônibus na avenida Sílvio Pedroza. A ladeira será construída no espaço entre os edifícios Aldebaran e Infinity. O local foi decretado como área “non edificand”.

Além do projeto da ladeira, a Semopi recebeu os documentos relacionados à obra de drenagem de toda a região que compreende os bairros Mãe Luíza e Areia Preta. O projeto é assinado pela empresa LR Engenharia e Consultoria LTDA. e corresponde a uma bacia de 18,5 hectares. O projeto prevê que o sistema de drenagem será construído em concreto armado, o que eliminaria, segundo engenheiros ouvidos pela reportagem, problemas de vazamentos e rachaduras nas estruturas que hoje são construídas de cimento.

Além dos dois projetos que já estão na mesa do secretário, a Semopi espera receber outros três documentos antes de ir em busca dos recursos em Brasília. Faltam os projetos das seguintes intervenções: cortina atirantada, pavimentação da rua Guanabara e reconstrução das casas destruídas.

“Até segunda-feira, vamos receber esses três projetos. Além disso, serão entregues as planilhas com os custos previstos para todas as obras. Com os documentos em mão, vou à Brasília”, explicou Tomaz Neto. A viagem à capital federal está programada para a próxima terça-feira, dia 1º de julho.

O secretário estima que o conjunto de obras será finalizado no prazo total de dez meses. “Nesse prazo, vamos construir a escadaria, drenagem e reconstruir as casas”, contou.

Muro
A Semopi iniciou ontem mais uma etapa no processo de reconstrução da rua Guanabara. O objetivo da secretaria, nesse momento, é evitar que novos deslizamentos de terra ocorram no local. Para tanto, um muro de geoforma flexível está sendo erguido no meio da cratera. “Vamos colocar sacos de areia de até duas toneladas para evitar a erosão”, explicou Tomaz Neto.

A manobra é parecida com o que foi feito na praia de Ponta Negra quando se tentou evitar o desmoronamento do calçadão da orla. “O que não podemos permitir é que a erosão continue”, disse o secretário.

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