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Setor privado já precisa de vagas

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Os hospitais da rede privada da capital potiguar planejam a ampliação do número de vagas, em virtude de uma demanda já existente nas unidades. No entanto, as reformas previstas na maioria dessas unidades hospitalares não vão ficar prontas até o mundial, quando a quantidade de pessoas necessitando de atendimento médico pode aumentar.

No Hospital do Coração, a obra que vai ampliar o número de leitos só deve ficar pronta em 2015. Segundo um dos diretores, Nelson Solano, além 122 leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), haverá mais 50. Solano também disse que atualmente o Hospital do Coração está com 85% dessa capacidade ocupada. “Mas é o comum esse número. Com menos de 70% não se paga as contas e com mais de 90% não se atende satisfatoriamente”, afirmou. A direção da unidade não acredita que o mundial vai pior a situação do atendimento. “Nós precisamos ampliar a demanda hoje, por isso faremos a reforma. Mas não acredito que na Copa vai haver grande aumento”, corroborou. Para Nelson Solano, a quantidade de pessoas que deve chegar à cidade deve se assemelhar ao “boom” turístico que houve na capital entre os anos de 2005 e 2010. “E não houve grandes prejuízos ao atendimento”, lembrou. O que vai ser feito no hospital para melhorar o atendimento médico, ainda de acordo com Solano, será a adaptação das escalas e horários de trabalho dos funcionários para a prestação do serviço.

#SAIBAMAIS#No Hospital Central da Unimed a situação é semelhante. O diretor, Antônio Araújo, também confirmou que não vai haver remodelação na unidade até a Copa do Mundo do ano que vem. Ele disse que o hospital, que funciona hoje com os 102 leitos clínicos e de UTI 95% ocupados, vai dar conta dos atendimentos. A Unimed também vai abrir mais 27 leitos no Hospital Doutor Luiz Soares para desafogar o Central. “A Unimed ainda tem mais 10 hospitais credenciados que também podem atender pelo plano”, confirmou, alegando a possibilidade de suprir a demanda. De toda forma, ambos hospitais funcionam com a capacidade quase máxima de pessoas nos leitos. Para Antônio Araújo, o índice se deve ao período chuvoso. O tempo contribui para a proliferação de epidemias virais. Ocorre que é exatamente neste mesmo mês, o de junho, que vai acontecer o mundial de seleções na capital natalense.

O Natal Hospital Center também foi procurado pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE e, através da assessoria de imprensa, afirmou que vai sim realizar uma reforma para ampliação, e que as obras serão concluídas antes do início da Copa do Mundo. No entanto, o responsável pelo setor que detalharia os números de aumentos de leitos e demais serviços, além do espaço físico da unidade, está afastado por problemas de saúde. A TN tentou ouvir a Casa de Saúde São Lucas através de e-mail, como foi recomendado pela secretaria da diretoria, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

Natal Hospital Center é o único do setor privado que confirma ampliação no atendimento

Rede pública de saúde trabalha com superlotação

A preparação dos serviços de saúde pública de Natal para a Copa também vai ficar a quem do esperado. O Hospital de Traumas, anunciado como o maior dos investimentos, não vai sair até a competição. A expectativa é de que fique pronto até o mês de agosto do ano que vem. A unidade serviria para auxiliar em um dos maiores problemas enfrentados pela saúde do Rio Grande do Norte: a ortopedia.

O setor contribui de forma expressiva para a lotação da maioria das unidades hospitalares, como o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, o maior do Estado. Lotação essa que, inclusive, é vivenciada por todas as unidades estaduais da Grande Natal. Segundo o secretário de Saúde Pública do RN, Luiz Roberto Fonseca, os leitos dos hospitais Santa Catarina, Deoclécio Marques e Walfredo Gurgel todos ocupados. “É um problema já conhecido”, disse. Eles devem passar de 491 para 556 até a Copa do Mundo.

O Hospital da Polícia Militar, que será tomado como referência em cirurgia e diagnose pela Fifa durante a competição, passa por uma reforma para reestruturação e aumento da quantidade de leitos. De acordo com o secretário Luiz Roberto, são R$ 8 milhões de investidos somente em equipamentos. Porém parte da obra está parada. O diretor da unidade, o coronel-médico da PM Kleber Cavalcanti, disse que a reforma está 85%  concluída, mas os setores que precisam do acabamento, o centro clínico e as UTI adulta e neonatal, aguardam a instalação de um ar-condicionado central para a finalização. “Estamos aguardando o fim do processo licitatório para a compra da máquina”, contou o diretor.

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