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Simples Nacional será tema da palestra do ministro

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Com a presença do ministro da Previdência Social, José Pimentel, que proferirá palestra sobre o atual sistema de arrecadação de tributos, o Simples Nacional, e a sua relação com o empreendedorismo, acontece no próximo dia 7 de dezembro o último seminário de 2009 do ciclo “Motores do Desenvolvimento do RN”. O evento será  no auditório Albano Franco, da Casa da Indústria, das 8 às 18 horas.

Ministro da Previdência, José Pimentel, fará a palestra inaugural do terceiro seminário de 2009 do Motores do DesenvolvimentoPromovido pela TRIBUNA DO NORTE, RG Salamanca Investimentos, sistema Fecomercio/RN, sistema Fiern e patrocinado pelo Governo do Estado, Assembléia Legislativa, Sebrae/RN, Nutriday e Petrobras, o seminário se concentrará no tema Empreendedorismo.

Além disso, o seminário, cujas inscrições são gratuitas, vai detalhar para o público presente tudo sobre o Empreendedor Individual, o artigo 18 da Lei Complementar 128/08 que estabelece uma série de novas regras, facilitando e desburocratizando a formalização de microempresários.

As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas pelos telefones 4006.6160 ou 4006.6121. A programação completa está no hotsite do evento:  www.tribunadonorte.com.br/motoresrn.

Feito por gente que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário, o empreendedorismo é tema do momento. E, segundo os números mais recentes, vem orientando de maneira decisiva o crescimento do Nordeste dentro do contexto econômico do País.

A experiência do Empretec – programa do Sebrae de estímulo ao empreendedorismo – no Brasil e no Rio Grande do Norte, assim como a explanação de casos de empresas de sucesso e as oportunidades disponíveis no mercado, são outros tópicos a serem destacados ao longo da programação do seminário.

Até a realização do evento, a TRIBUNA DO NORTE publicará diariamente uma série de reportagens e entrevistas, trazendo informações, as políticas de estímulos ao empreendedorismo, os programas existentes, as linhas de crédito disponíveis aos microempresários e bons exemplos de negócios que deram certo, além de outros assuntos correlatos à abordagem do seminário. Um caderno especial será veiculado no jornal no dia 13 de dezembro, contendo a cobertura do evento e reportagens aprofundadas sobre o assunto.

Pequenos comprovam a viabilidade de negócios

Como as formiguinhas, as pequenas empresas do Rio Grande do Norte comprovam – é possível gerar oportunidades e empregos em qualquer área.

Bons exemplos de iniciativas empreendedoras não faltam. Um deles vem da cidade de Vera Cruz, município que fica a 37 quilômetros de Natal. Foi lá que surgiu a Farinha dos Anjos, hoje presente em grandes redes que atuam no Estado, como Atacadão e Nordestão.

Quem hoje vê o processo produtivo de fabricação ou encontra o produto embalado nas gôndolas dos supermercados não imagina que até 1981 a Casa de Farinha tinha outro aspecto. Era totalmente artesanal. Mas, graças à visão empreendedora de Jânio dos Anjos, o negócio seguiu um caminho diferente do que estava fadado. Ele foi o responsável pelo salto que a empresa deu, influenciando até o processo produtivo da concorrência.

A transformação começou em 2004, quando Jânio dos Anjos assumiu a casa de farinha que era do pai, Joaquim dos Anjos. Em função de uma consultoria do Sebrae/RN, o negocio ganhou outro perfil. Foram estabelecidas práticas de higienização, educação dos funcionários e modernização da estrutura. O modelo foi aprovado pela Vigilância Sanitária e serviu de parâmetro para os demais estabelecimentos do gênero.

Para alcançar o nível que tem hoje, foi preciso um investimento de R$ 150 mil, dinheiro que valeu a pena, pois a produção mais que dobrou. Antes eram produzidas 40 mil quilos, hoje, são mais 120 mil quilos de farinha de mandioca que abastecem o mercado local a cada mês. “Na hora em que a produção aumentou, subiu o meu faturamento”, disse Jânio dos Anjos. A margem de lucro atual do negócio é de 20%.

Em função da qualidade, a Farinha dos Anjos passou a ser fornecedora exclusiva do Atacadão no Rio Grande do Norte, além de abastecer a Uvifrios, Nordestão, Rede Supercoop e está em negociação com o Bompreço, do grupo Wal-Mart. Não era para menos. A empresa não para de inovar. Para agregar valor ao produto, foi lançada a farinha temperada, nos sabores alho e cebola, bacon e calabresa. Com isso, valor do produto subiu em torno de 40% em relação à farinha de mandioca tradicional. É com esse trabalho que Jânio dos Anjos dá emprego para 35 funcionários.

“Antes, sentia-me até envergonhado de mostrar como se fazia o produto. Hoje, tenho orgulho. Nossa empresa é considerada modelo para o país”.

Pré-datado que virou R$ 360 mil por ano

Uma quinta-feira do início de outubro de 1997.  Wilson Martins da Rocha Júnior, 40, que trabalhava em restaurantes de Natal, estava com malas prontas para uma viagem a Recife (PE) quando, por volta das 18h, recebeu da sua cunhada uma dica que mudaria completamente a sua carreira profissional e até a vida. “A lanchonete do Seturn está precisando de fornecedor de sanduíches. Você não quer tentar?” – instigou ela. Sem pensar muito, Wilson Junior não desperdiçou a oportunidade e com um cheque pré-datado, no valor de R$ 36,00, comprou os ingredientes suficientes para fazer 40 sanduíches. Era o começo de um bom negócio.

O sabor agradou. Devido à experiência na área de restaurantes, montou o cardápio com quatro sabores e partiu para as vendas. Assim, surgiu o embrião do queria ser a Natalis Sanduíches Leves, instalada de improviso na residência do seu idealizador, no bairro de Neópolis. Além da lanchonete, a comercialização foi feita por dois anos na praia de Ponta Negra. A distribuição feita em ônibus e os sanduíches acondicionados em caixas de isopor.

A virada veio em 2001 com o programa Novos Empreendedores, que oferecia financiamento para empresas que participassem de uma capacitação no Sebrae e elaborassem um plano de negócio. A Natalis Sanduíches leves era uma das integrantes do projeto e foi uma das poucas que conseguiu chegar à etapa final com um plano de negócio bem elaborado. O resultado disso foi o empréstimo de R$ 18 mil, que deveria ser pago em 42 parcelas com carência de seis meses.

O dinheiro foi usado para equipar a cozinha e adquirir uma motocicleta para auxiliar na distribuição. O negócio prosperou. Hoje, a Natalis consegue produzir uma média de 10 mil sanduíches por mês, o que proporciona um rendimento superior a R$ 30 mil mensais. “Acreditar, investir e persistir são ingredientes fundamentais para o sucesso de uma empresa. Durante esses doze anos, a gente não parou de buscar melhorias. Sempre tentando sair da zona de conforto”.

Os frutos não foram apenas financeiros. No processo, o empresário descobriu que capacitação e informação são fundamentais para a vitalidade de qualquer empresa. Por isso, ele recorreu a pesquisas de mercado e profissionalização. As embalagens melhoraram, o preparo recebeu aval do programa de boas práticas em alimentação, os sabores subiram para 12 e o empresário se capacitou. Em 2006, participou do Empresa Viva e, no ano seguinte, Empretec, ambos promovidos pelo Sebrae. Em 2008, apostou em uma graduação tecnológica em Gastronomia. “É preciso ter certeza do que se quer e se interar do mercado. O conhecimento é essencial, assim como descobrir coisas novas e formas novas de trabalhar”.  São experiências como essa que o seminário pretende colocar em evidência para que sirvam de exemplo e de estímulo.

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