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Sindicância aponta negligência em fuga recorde de Alcaçuz

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Marco Carvalho – repórter

“Houve negligência. Está confirmado”. As palavras  são do secretário de Justiça e Cidadania, Fábio Luís Monte de Hollanda. Nesta quarta-feira (7), Hollanda teve acesso aos cinco volumes da sindicância que investigava as circunstâncias da fuga em massa da Penitenciária Estadual de Alcaçuz. O procedimento foi concluído e encaminhado ao seu gabinete. Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE na manhã desta quinta-feira (8), o secretário disse que ainda está estudando o documento para poder se pronunciar oficialmente sobre o caso. “Estou procurando ter conhecimento do embasamento que levou à conclusão relatada na sindicância. Acredito que amanhã à tarde já poderia falar sobre os nomes que foram apontados. Os indícios são fortes”, declarou.

No dia 19 de janeiro de 2012, o Rio Grande do Norte registrou a maior fuga já vista nas suas unidades prisionais. Quarenta e um detentos escaparam do pavilhão Rogério Coutinho Madruga, na Penitenciária Estadual de Alcaçuz – em Nísia Floresta. Para investigar as circunstâncias da ocorrência, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) instaurou uma sindicância. O processo foi concluído nesta quarta-feira (7), um dia antes de expirar o prazo legal determinado. As informações agora estão nas mãos do secretário Fábio Luís Monte de Hollanda. “Só após a análise que estou fazendo que poderei tomar alguma decisão”, informou.

De acordo com a assessoria de comunicação da Sejuc, o secretário tem um prazo de 20 dias para se manifestar sobre o que está relatado no documento. Mas, segundo o informado, Fábio Hollanda deve se pronunciar o mais rápido possível. Em entrevista exclusiva à TRIBUNA DO NORTE, concedida no dia 27 de fevereiro passado, Hollanda já havia antecipado a sua visão do caso. “Preliminarmente, continuo afirmando que houve negligência, agora baseado em mais dados. Posso dizer isso com mais segurança. As mudanças que ocorreram naquela oportunidade foram acertadas”.

Após o registro da fuga, o então diretor da unidade e o coordenador do Sistema Prisional foram exonerados dos cargos. O major Marcos Lisboa e José Olímpio da Silva prestaram esclarecimentos que estão contidos no documento da sindicância. O Ministério Público Estadual e a Corregedoria do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte também estão conduzindo procedimentos de investigação quanto ao fato.

Dos 41 fugitivos, menos de 20 foram recapturados pela Polícia Militar. O restante, entre assaltantes, traficantes e homicidas, permanecem nas ruas.

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