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Sindipostos teme falta de combustíveis no feriado

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Uma portaria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que limita o tráfego de veículos de carga neste fim de ano poderá provocar, como efeito colateral, a falta de combustíveis nos postos do Rio Grande do Norte. O temor foi externado ontem pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipostos RN), Ismar Medeiros. Segundo ele, com as restrições de horários, há o risco de os chamados bitrens, caminhões usados para transportar gasolina, não conseguirem atender a tempo toda a demanda do estado.

A portaria 01/2009, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), restringe o trânsito desses e de outros veículos de carga em pistas simples, aquelas que têm só uma faixa em cada sentido e que representam 99% das rodovias do estado. A restrição começa hoje, dia 23, impedindo o trânsito no período de 16h às 22h. O impedimento continua amanhã, 24, das 8h às 18h, e nos dias 27 e 30, das 16h às 22h. No dia 31, a proibição vale para o período de 8h às 18h. No dia 3 de janeiro, o domingo que encerra o feriadão e que promete trânsito movimentado na volta para casa, a restrição vale das 16h às 22h.

“O objetivo é deixar o trânsito mais seguro e reduzir o risco de acidentes num período em que o fluxo de veículos aumenta cerca de 50%”, explica o chefe do Núcleo de Comunicação Social da PRF, inspetor Roberto Cabral.

De acordo com Ismar Medeiros, do Sindipostos, o problema é que a medida é adotada justamente no mês em que o consumo de combustíveis chega a crescer entre 30% e 40% no estado. As restrições de transporte dificultariam a distribuição dos combustíveis, considerando que  a gasolina, por exemplo, chega a Natal de navio e segue de caminhão para o município de Guamaré, onde recebe a adição obrigatória de álcool. Só depois desse processo o combustível é distribuído para os postos. “O risco é desse combustível não chegar a tempo”, observa Medeiros, ressaltando que soube da portaria por meio das distribuidoras.

A PRF diz, por sua vez, que o setor teve tempo hábil para se planejar. Segundo Cabral, todos os anos a operação é realizada e, como ocorre em dias e horários alternados, possibilita ao setor  se programar para evitar a falta dos produtos no mercado. Até a noite de ontem, o Núcleo de Comunicação do órgão não havia recebido qualquer queixa sobre a medida ou pedido de flexibilização do horário. O descumprimento da portaria submete o condutor a uma infração de natureza grave, o que significa multa de R$ 127,69 e cinco pontos no prontuário de quem estiver dirigindo o veículo.

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