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Situação de abastecimento nas cidades do Seridó é crítica

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Dentre os dois municípios polos da região do Seridó, Currais Novos é, hoje,  o que enfrenta a situação mais crítica de abastecimento de água. O açude Dourados que abastece uma parte da cidade e conta atualmente com 566 mil metros cúbicos ou 4,49% de sua capacidade, só “tem mais 30 dias para fornecer água por gravidade do volume  morto”, segundo o gerente regional da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), Eudes Medeiros.

A previsão, ao fim desse período, informou Medeiros, por telefone, é que o abastecimento  a partir do Dourados – que pode armazenar até 10,3 milhões de m³ de água no inverno – só poderá ser feito por bombeamento.

Parte da população curraisnovense de  44.528 habitantes (estimativa populacional do IBGE, em 2013),  é abastecida pelo açude Gargalheiras, em Acari, que ainda está com 3,2 milhões de m³ ou apenas 7,26% de sua capacidade, segundo o levantamento datado de 15 de agosto da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).

Eudes Nascimento explicou que, por conta disso, a distribuição de água para Currais Novos e Acari está sendo feita em horário diferenciado. No período vespertino, até às 16 horas, as comportas são abertas para vazão de 120 m³/hora para Acari (11.355 hab) e só a partir das 22 horas e até as 6 horas do outro dia, é que a água é distribuída para as duas cidades, conjuntamente. O gerente regional da Caern em Caicó, Enilton de Oliveira, disse que o volume de água do açude Itans, que abastece uma área da cidade de 66.446 habitantes, “dá para se manter ligado até dezembro, nas condições de continuar a distribuição de água desligada à noite”.

Enilton Oliveira disse que já a partir de hoje e amanhã, espera-se a chegada de água da bacia dos açudes Coremas/Mãe d’Água, na Paraíba, para que seja feita a retomada de captação de água a partir da adutora Manoel Torres, no leito do rio Piranhas, no município de Jarcim de Piranhas.

Segundo Oliveira, a vazão das comportas do complexo Coremas/Mão d’água estava sendo de 2,95 metros cúbicos por segundo, mas agora foi aumentada para 3,98 m³/s.  O secretário estadual de Recursos Hídricos, Luciano Cavalcanti Xavier, avalia que “Caicó não é problema”, pois o governo está construindo uma nova adutora paralela a adutora Manoel Torres, que “vai suprir as necessidades do açude Itans em período de secas”.

Xavier disse que em  Jardim de Piranhas existe água suficiente para abastecer aquela cidade e ainda Caicó, São Fernando e Timbaúba dos Batistas. “Acho que no meio do ano de 2015 a nova adutora esteja concluída”, acrescentou o secretário. Já em relação a adutora mista de engate rápido e de ferro, que levará água de Jucurutu, passando por São Vicente e Florânia, para Currais Novos, Xavier disse que  há compromisso do governo federal de liberar R$ 31 milhões para ser gerido pelo Dnocs e Caern, até o fim deste mês.

No Alto Oeste, o secretário confirmou que hoje já deverá entrar em operação, na fase de testes, a adutora de engate rápido que levará água da barragem de Santa Cruz, em Apodi, até Pau dos Ferros e dai a Rodolfo Fernandes, uma das quatro cidades da região que já sofreu colapso de abastecimento de água, as outras são Antonio Martins, Paraná e Tenente Ananias. “A gente já inicia o processo de captação das aguas da barragem de Santa Cruz, colocando em teste o trecho da adutora que vamos pegar de Apodi até Itau, onde será feita a conexão com a adutora de engate rápido para chegar a Pau dos Ferros”, disse.

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