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Soltos na Babilônia

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Yuno Silva
repórter do Viver

Cabe de tudo na sacola do trio DuSouto: dub, reggae, Planet Hemp, afrobeat, drum’n’bass, Bob Marley, Eddie, música regional, Ponta Negra, Karnak, sandálias havaianas, old par, ragga, samba… A lista é grande e ainda inclui Bezerra da Silva, hip hop, jungle, Nação Zumbi, Academia da Berlinda, pop, funk, rock e, claro, muita ‘cretinagem’ e tiração de onda. Ou melhor, muita ‘gréação’. Apostando no balanço sincopado, letras fáceis e ‘trocadalhos do carilho’, Paulo Souto (baixo e voz), Gabriel Souto (bases, efeitos, voz e cavaquinho) e Gustavo Lamartine (guitarra e voz) já testam nos shows músicas que farão parte do novo disco – o quarto da carreira.
Banda DuSouto começa o ano lançando novo EP, De volta para a Babilônia, base para o quarto disco da carreira do trio que mistura um caminhão de ritmos, da música regional às bases eletrônicas
Para começar bem o ano eles estão com tudo engatilhado para lançar o EP “De volta pra Babilônia” (Independente). A data e o local do lançamento ainda não foram definidos, mas deve acontecer nas próximas semanas (ou não!). Mas se você não aguenta mais esperar ou foi mordido pelo bichinho da curiosidade, ouça em primeira mão, na versão online do VIVER, o que vem por aí.

Ouça a faixa “Outro Dia”, do disco Malokero High Society 

A nova música “De volta pra Babilônia”, até então apresentada apenas nos shows, foi postada no perfil que a banda mantém no Soundcloud (soundcloud.com/dusouto) – a pedido da TRIBUNA DO NORTE – na noite desta sexta (3). Confira!

“Estamos nos preparativos finais”, garantiu Gustavo Lamartine sobre o lançamento. “E se ligue que o negócio vem quente. As músicas estão prontas e vamos liberar uma delas com exclusividade pra vocês aí da Tribuna. Depois redes sociais e no site (dusouto.com.br) pra galera baixar geral, como sempre fazemos”, disse Gabriel Souto. As novas faixas foram gravadas durante o ano de 2013 e “fazem parte da mesma safra”, destacou Lamartine. “Gastamos um tempinho lapidando as faixas; curtindo mixar e tals. Mas elas estão prontas desde novembro. Decidimos lançar o EP enquanto ele é novinho, pois fazer um disco completo é um processo demorado e às vezes as musicas se perdem no caminho”, emendou Gabriel.

É certo que a banda potiguar não é unanimidade, mas figura entre as queridinhas do público local e coleciona uma legião de fãs fervorosos que sabem de cor  todas as letras.  Justamente para aplacar a ansiedade dessa turma que o trio apresenta as inéditas “De volta para a Babilônia”, “Preta minha treta” e “Babilônia nunca mais” com masterização luxuosa aos cuidados do produtor musical pernambucano Buguinha Dub, nome conhecido no circuito por trabalhos com Mundo Livre S/A, Nação Zumbi, Racionais MCs, Instituto e Cordel do Fogo Encantado.

Mesmo nesses tempos de download gratuito e pirataria, Gustavo Lamartine afirma que lançar discos é como um ritual, “um cartão de visitas, um souvenir que às vezes serve até pra gente dar alguns autógrafos”, diverte-se. “Algumas pessoas querem o CD de todo jeito pra guardar o material gráfico”, verifica o guitarrista e vocalista. Gabriel reforça: “Não se fica rico com CD, mas o pessoal sempre pede depois dos shows, principalmente quando nos apresentamos fora do nosso circuito”. Vale frisar que quem baixa de graça pela internet tem a opção de fazer doações voluntárias. “É com essa grana que investimos em estúdio, equipamento, masterização”, lembra o homem das bases eletrônicas.

Experimentalismos

A pegada do novo trabalho segue a linha que o trio imprimiu no segundo álbum, “Malokero High Society”, de 2009. A música título do EP é um drum’n’bass e, segundo Gustavo Lamartine, “chega a ser prima irmã de ‘Outro dia’. Porém em ‘Babilônia nunca mais’ flertamos com um dubstep viajante (variação eletrônica criada no início dos 2000 na Inglaterra), um lance inédito pra gente; e ‘Preta minha treta’ nem se fala, só Gabriel pra explicar aquela batida. Ainda estou apanhando pra tocar essa [rs]”.

Para Gabriel o novo trabalho lembra o processo criativo do primeiro disco, “DuSouto” (2005) e algumas coisas do Malokero como a inserção de instrumentos ‘exóticos’ como a sanfona. “Temos uma paquera com o dubstep, um casamento com o drum’n’bass e um caso com o ‘samba de break’, e não de breque,  que é como chamo o ritmo de ‘Preta minha treta’, essa é a mais doidinha [rs]”.

Sempre bom refrescar a memória e lembrar que o terceiro disco “Cretino!”, de 2012, teve vídeo clipe selecionado entre os projetos de audiovisual contemplados pelo Movimento HotSpot – iniciativa nacional idealizada pelo produtor Paulo Borges, criador do SP Fashion Week, que visa destacar talentos espalhados pelo Brasil em onze áreas como fotografia, moda, música e design.

Além-fronteiras

Apesar do êxito local e shows em estados vizinhos, Paulo Gustavo e Gabriel não tem mais idade pra sair “naquela velha batalha de se mandar pra ver se tem um lugar mágico, onde existe mais oportunidades. Esse lugar não existe, é tudo uma Babilônia só [rs]. Acho que uma das missões da banda foi criar mercado aqui”, avalia Lamartine. Já turnês no exterior deixa o trio mais animado pro risco: “Vontade não falta, e faz tempo, temos show pronto pra tocar em qualquer lugar do planeta”, afirma o guitarrista.

#saibamais#“Essa bola tá quicando faz tempo e estamos prontos pra ir e afim de dar um rolé. Não sei se esse ano de 2014 porque com essa Copa não tenho certeza se vai ser propício pra isso, passagens mais caras, sei lá o que vai acontecer, mas vamos estar atentos”, pondera Gabriel.

Ainda nos planos para 2014, além da participação garantida no evento Fifa Fun Fest durante a Copa do Mundo, a banda quer lançar o material gravado ao vivo na Casa da Ribeira durante show semi acústico realizado em março de 2012.

Colaborou Cinthia Lopes (editora)

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