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Sou mais Maquiavel (Filosofia de Boteco II)

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Nome: Claudio Fernando Ramos
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Por: Claudio Fernando Ramos (Cacau) Natal-RN 22/09/2011

Todas às vezes que vejo e ouço os governantes, que em sua maioria não são estadistas, discursarem na ONU, só uma coisa me vem à cabeça: Maquiavel. Mesmo maquiavélico, como o rotulou a Igreja entre outros, Maquiavel sempre teve razão. O Príncipe(1513), obra prima de N. Maquiavel (1469-1527), e seu “Realismo Político”, nunca estiveram tão atuais. A obra sepulta as aspirações dos bens intencionados, e os comentários de Napoleão (imperador francês) jogam uma pá de cal nas pretensas mudanças dos visionários.
Obama fala de democracia, mas atrela a soberania dos palestinos aos caprichos dos judeus, que se utilizam de uma falácia religiosa para dominar e oprimir o povo palestino. Dilma discursa sobre torturas (ela foi vítima da Ditadura Militar) e os direitos das minorias (mulheres, pobres, doentes etc.), mas nega-se a “receber” o novo representante da Líbia (diferentemente de todos os outros oradores, ela não lhe dá as boas vindas). Seria saudades do humanista e democrático Kadafi? Vai saber!
Em nosso país ocorrem coisas semelhantes, senão piores. Lembro-me de um ex-governador (Paulo Maluf) que afirmou com toda convicção do mundo, atitude bem apropriada para grandes sofistas (quero dizer sofismas), que se alguém encontrasse algum dinheiro seu, em contas localizadas em paraísos fiscais, poderia doá-lo para Nossa Senhora (é pra rir ou para chorar?). Lula, que ao longo de sua trajetória sempre lutou pelos direitos dos proletariados (definição marxista para operários)ante as grandes corporações, tornou-se inútil em face da cara-de-pau dos amigos (amigos dele, não do país; é importante frisar).
O PT passou boa parte de sua existência defendendo a implementação de um governo mais ético. Hoje, no poder a quase uma década, sabemos que a ética do PT tem uma estética definida: Antônio Palocci, José Dirceu e José Genoino. E agora José? Pergunta o famoso poeta Carlos Drummond de Andrade. Sem resposta diante dos fatos eu conclamo: Viva a hipocrisia do mundo.
A obra de Maquiavel, diferentemente do que alguns pensam, não é destituída de ética. Não, de jeito algum. O que ela tem é uma ética autônoma, e isso sempre soou de forma incomum. Ela causa espanto, repulsa e horror, por ser destituída de hipocrisia, e isso é algo que os fariseus de plantão não podem tolerar, nem perdoar. Por essas e por outras: sou mais Maquiavel!
Detalhe: não sou filiado, mas sou eleitor do PT. Porém nunca me esqueço: sou, acima de tudo, um cidadão do mundo!

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