A investigação sobre a morte do advogado Antônio Carlos Souza de Oliveira pode levar à elucidação de outros crimes. É o que acredita o delegado Raimundo Rolim, da Especializada em Homicídios (Dehom). Após colher depoimento de um dos suspeitos na manhã desta quinta-feira (4), o delegado disse que o homicídio do advogado já está elucidado.
O sargento da PM, Antônio Carlos Ferreira de Lima, conhecido como “Carlos Cabeção”, preso por suspeita de envolvimento no homicídio de Antônio Carlos Souza, negou participação no crime. Segundo o advogado Júnior Smith, que defende o PM, ele negou que tenha vendido a arma do crime ao comerciante Expedito José dos Santos e que também tenha sido o responsável por apresentar Lucas Daniel André da Silva, réu confesso do homicídio, ao comerciante.
“Ele (Carlos Cabeção) era cliente de Antônio Carlos e foi chamado pelo próprio advogado para tentar ajudar a solucionar o problema do terreno. Quando viu que Antônio Carlos e Expedito estavam brigando demais, ele preferiu se afastar”, disse Júnior Smith, em referência ao terreno em São Gonçalo que, de acordo com a polícia, foi o motivo do homicídio.
#SAIBAMAIS#O delegado Raimundo Rolim disse que o crime está elucidado e que haverá somente mais um depoimento, amanhã (5), sobre o caso. O inquérito, ainda de acordo com o delegado, será finalizado até a próxima terça-feira (9). Contudo, há a expectativa que as informações levantadas possam colaborar com a investigação de outros homicídios.
Segundo Raimundo Rolim, os dados coletados levam a crer que há pessoas envolvidas na morte do advogado Antônio Carlos que também têm envolvimento com “dezenas de mortes e até chacinas”. Sem citar nomes, Rolim explicou que as informações estarão no inquérito e a Polícia vai solicitar ao juiz responsável que analise o andamento dos demais processos.
