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Tailândia de templos, mercados, história e festa

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Karla Larissa – Especial para a Tribuna do Norte

Duas semanas nas praias da Tailândia são suficientes para você pensar seriamente em se mudar de vez para uma das ilhas do país, morar em um bangalô com um par de coqueiros e comer Pad Thai (delicioso prato local) dia sim e dia não. Mas infelizmente nossa temporada nas paradisíacas praias tailandesas acabou em Koh Phangan, onde passamos cinco dias antes de vir para a capital Bangcoc.
Em Wat Pho, onde está o maior Buda deitado da Tailândia
A ilha é famosa pela Full Moon Party, festa que acontece todos os meses na noite de lua cheia e reúne entre 10 a 30 mil pessoas em um grande evento aberto.

Chegamos um dia antes e podemos ver como a ilha gira em torno da festa. Nas ruas, muitos ambulantes vendem camisas em cores néon, adereços coloridos, tintas fluorescentes para pintar o corpo e os tradicionais baldinhos com whisky ou vodka, energético e refrigerante. Depois da venda, tudo é misturado e a dose é servida no próprio baldinho com muito gelo.

A Full Moon Party atrai mochileiros do mundo inteiro, mas para nós que viemos do país do Carnaval, a festa foi divertida, mas não impressionou.

Após a Full Moon Party, a calmaria toma conta do lugar. Aproveitamos para alugar uma moto de 125 cilindradas por dois dias (mesmo sem Fred nunca ter pilotado uma moto antes e a ilha ser cheia de ladeiras) e em outro dia fizemos um passeio de barco. E assim conhecemos lindas praias de areia branca, água transparente, morna e calma e muitos coqueiros. Paisagens e dias para guardar na memória.

Bangcoc

A viagem de Koh Pangham até Bangcoc foi uma operação que exigiu uma van, um barco, um ônibus, um trem noturno com camas e um táxi. Depois de 21 horas de deslocamento finalmente estávamos na capital da Tailândia.

Bangcoc se divide entre a paz dos seus templos budistas, que dependendo da quantidade de turistas que estão visitando podem nem estar tão tranquilos assim, e o caos do trânsito, dos vendedores ambulantes, tuk tuks e táxis. Apesar disso, Bangcoc é uma cidade organizada, de ruas largas e limpas, com canteiros e parques sempre decorados com imagens do rei e da rainha, que estão por toda parte, inclusive nas casas e nos comércios. Os tailandeses reverenciam o rei Rama IX, que é o chefe de Estado mais antigo em todo o Mundo.

O povo da Tailândia é também de uma fé inspiradora. Com 95% da população budista, os templos estão por toda parte. Por toda cidade também vemos monges com suas vestimentas laranjas e monjas com suas roupas brancas.

 Precisamos de dois dias para visitar os grandes templos. O maior deles e mais impressionante, o Grand Palace, e outro que chama a atenção é o Wat Pho – onde está o maior Buda deitado da Tailândia. Uma imagem belíssima de 43 metros de comprimento e 15 metros de altura.

Khao San Road

Os mochileiros têm endereço certo em Bangcoc. É na pequena Khao San Road que está a maior concentração de albergues da cidade. Mas na rua apelidada de Caos San Road também há uma infinidade de bares, lojas, casas de câmbio, agências de turismo e muitos, muitos ambulantes que vendem de tudo e os tuk tuks, claro. O ritmo da rua é frenético.

Na rua há também vários dos estranhos carrinhos com insetos fritos; São aranhas, gafanhotos, grilos, escorpiões e outros mais de deixar qualquer estômago embrulhado.

Damnoem Saduak é o mercado mais famoso e mais turísticoMercado flutuante é tradicional

Um dos passeios mais tradicionais que é possível fazer a partir de Bangcoc é o Mercado Flutuante de Damnoem Saduak, que fica a 105 km de distância.

Assim que chegamos no vilarejo em Ratchaburi, entramos no pequeno barco a remo que dividimos com mais meia dúzia de pessoas. O barqueiro nos conduz pelo estreito canal por onde se espremem dezenas de barquinhos, alguns ocupados por compradores e outros com os vendedores e sua mercadoria. São frutas, artesanatos, bebidas, roupas e também produtos piratas, que geralmente são vendidos em lojinhas à beira do canal. Os barqueiros vendedores se desdobram para oferecer os produtos, conduzir o barco, passar o troco e, claro, negociar com os turistas que tentam barganhar. Os barquinhos balançam bastante e toda hora parecem que vão virar. Mas não viram, eles fazem isso todos os dias por anos e anos.

Damnoem Saduak é o mercado mais famoso e mais turístico. Muita gente visita apenas para tirar fotos, mas os mercados flutuantes são uma modalidade de negócio tradicional na Tailândia e existem muitos outros que são realmente frequentados pelos locais. Ir a Damnoem Saduak é uma oportunidade de vivenciar esse tipo de comércio e claro fazer umas comprinhas.

Depois, ainda fizemos um rápido passeio pelos canais do vilarejo e suas casas construídas sobre a água. Assim, pudemos conhecer mais de perto a vida simples das pessoas do lugar. Uma Tailândia bem diferente da que conhecíamos.

Ayutthaya e as ruínas da antiga capital

Em nossos 20 dias na Tailândia é difícil eleger o lugar mais bonito que visitamos, mas um dos mais impressionantes sem dúvida foi Ayutthaya. A antiga capital do Reino de Sião, como antes era chamado o país, é hoje Patrimônio Mundial da UNESCO.
Estátuas mutiladas de Buda estão espalhadas por Ayutthaya
A cidade, fundada em 1350, era um importante centro comercial da Ásia e chegou a ser uma das maiores cidades do mundo. Mas em 1767 foi completamente destruída e saqueada pelos exércitos da antiga Birmânia atual Myanmar. Hoje o que restam são as ruínas dos antigos templos e é isso que leva os visitantes à cidade.

Como marca de sua invasão, os birmaneses deixaram a mutilação e decapitação dos Budas dos templos de Ayutthaya. São inúmeras imagens sem cabeças, braços e pernas.

Uma das cabeças, no entanto, permaneceu erguida e foi abraçada pelas raízes de uma árvore. Esta é a imagem mais marcante de Ayutthaya, que ironicamente significa cidade invencível.

Os próximos países de nossa Volta ao Mundo são Myanmar e Camboja, por onde viajaremos por 20 dias e relataremos tudo na próxima matéria da série Dois no Mundo.

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