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Tem jazz no tabuleiro da Roberta

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Yuno Silva

Repórter
Música, música e mais música. Essa será a tônica do fim de semana em Pipa, que recebe shows gratuitos e outras atividades do Fest Bossa & Jazz 2015 a partir desta sexta-feira (28). A programação se estende até domingo (30), e o ponto alto de hoje fica por conta da cantora Roberta Sá. Acompanhada pela Sesi Big Band – ou vice-versa – ela ensaiou sete músicas para brindar o público com versões orquestradas e jazzísticas de canções que fazem parte do seu repertório. Roberta também interpreta “Summertime”, standart do jazz mundial imortalizado de maneiras diferentes nas vozes de Ella Fitzgerald e Janis Joplin, mais as clássicas “Tico-tico no fubá” e “Chega de Saudade”. Dividida entre o RN, onde nasceu, e o Rio de Janeiro, onde mora desde pequena, Roberta Sá fez breve pouso em Natal aproveitando para rever familiares e dar um mergulho na praia de Ponta Negra. Antes de seguir para Pipa, ela conversou com a imprensa sobre o novo disco e o show de logo mais.
Acompanhada pela Sesi Big Band, Roberta Sá abre o FestBossa & Jazz na Pipa e  brinda o público com versões orquestradas de várias canções de seu repertório
#SAIBAMAIS#

Roberta, você disse que fez apenas um ensaio com a Sesi Big Band. Tudo pronto para o show em Pipa?
Tudo pronto. E fazer um show na praia é aliar trabalho e prazer. Antes de chegar em Natal já vinha conversando com o maestro Eugênio Graça, que adaptou os arranjos e sugeriu que cantasse “Summertime” – adorei, gosto muito dessa música. Deu tudo certo no ensaio que fizemos na quarta: gravei tudo e agora vou estudar. Vai ser um show em função do formato da Sesi Big Band. O Rodrigo Campello, diretor musical dos meus discos, também veio e vai tocar viola de 7 cordas. Sei que temos ótimos músicos por aqui, mas uma big band colabora muito com o surgimento de novos talentos e grupos. Traz peso para a cena.

Qual o repertório que vocês prepararam?
Além de “Summertime”, ensaiamos “Deixa sangrar”, “Fogo e gasolina”, “Samba de um minuto” e “Pavilhão de espelhos” do meu repertório, “Chega de saudade” e “Tico-tico no fubá”, está última conhecida na voz de Carmem Miranda e depois interpretada de forma brilhante pela grande cantora potiguar Ademilde Fonseca.

Qual sua relação com o Jazz?
Gosto muito, é o estilo que ouço em casa quando quero relaxar e esquecer um pouco do trabalho. Quem é da música ouve tanta coisa que é difícil desligar um pouco, e com o Jazz consigo desanuviar.

Vai conseguir curtir um pouco a praia?
Espero ver meus primos lá em Pipa, já vi meu pai (o ex-deputado Múcio Sá). Tenho vindo escondida pra cá curtir a família. Gostaria de vir mais, minhas raízes estão ali em Ceará Mirim; fui criada na praia de Muriú e sempre que posso dou um mergulho em Ponta Negra – demorei uns 20 anos para me acostumar com a água gelada do Rio, e aqui é minha praia. Engraçado o natalense frequentar pouco a praia, que deveria ser o lugar mais badalado da cidade.

E esse novo disco “Delírio”, previsto para outubro, quais as expectativas?
Vai ser ótimo, estou com saudade de cair na estrada. Já estava cansada do show “Segunda pele” (2011). Entre um disco e outro acontece muita coisa, e com sorte sempre aprendemos. Nesse período mudou minha compreensão sobre trabalho: não preciso fazer tudo o que aparece, estou me dando mais tempo, amadurecendo enquanto compositora. Procuro me reinventar a cada novo trabalho, oferecer um update ao público. Ainda não sei como definir “Delírio”, tem samba, mas pra mim está muito diferente.

Você falou do lado compositor, alguma música sua em “Delírio”?
Sim, uma, “Boca em boca”, parceria minha com o Xande de Pilares. Esse disco marca minha ida para a Som Livre e pela primeira vez um disco meu vai sair também em vinil. Foi tudo bem pensado, lado A e lado B.


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