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TIM pode ser ‘fatiada’ entre rivais

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São Paulo (AE) – Uma mudança profunda na telefonia celular brasileira está perto de ocorrer, com as quatro empresas que dominam o mercado se transformando em três. Ontem, a Oi anunciou ter contratado o banco BTG Pactual para encontrar possíveis alternativas para comprar a participação da Telecom Itália na TIM Brasil. A Telefônica, dona da Vivo, e a América Móvil, controladora da Claro, também devem participar da transação, que poderá resultar no fatiamento da TIM Brasil, segundo fontes.
A operação surge num momento de grande indefinição sobre o desenho do mercado de telefonia
A participação de cada operadora no negócio ainda não foi definida e dependerá do andamento das negociações. A fatia para cada companhia não será necessariamente um terço para cada uma. “A Oi poderá ficar com 20%, 10% da TIM. Ainda está em aberto”, disse uma fonte, frisando que, do ponto de vista regulatório, nenhuma empresa poderá levar a TIM sozinha.

A operação surge num momento de grande indefinição em relação ao desenho do mercado de telefonia brasileiro. Neste momento, a Telefônica e a Telecom Itália disputam a compra da operadora de telefonia fixa GVT – o conselho de administração da Vivendi, controladora da GVT, deve definir o futuro da operadora em breve Também deve ocorrer em outubro o leilão de frequências para a quarta geração (4G) da telefonia celular, que eventualmente poderia interessar a operadoras que ainda não atuam no País.

Mercado
Fontes familiarizadas com a operação anunciada pela Oi disseram que a TIM tem valor de mercado de R$ 27 bilhões, mas possui uma série de ativos que podem ser vendidos após aquisição da companhia, gerando caixa. A operadora não é endividada e possui boa geração de caixa, na visão do mercado. A avaliação também é que a Oi, além de possuir sinergias com o negócio, fará algumas vendas de ativos, como cabos submarinos e torres, podendo levantar cerca de R$ 4 bilhões.

A América Móvil deverá formalizar seu interesse na operação nos próximos dias, conforme pessoas próximas ao assunto. Já a Telefônica deverá aguardar o desfecho sobre sua proposta de aquisição da GVT para seguir o mesmo caminho. Procuradas, a Claro e Telefônica não comentam. Já a Telecom Itália informou que “não sabe de nada” a respeito da operação e que a TIM Brasil é um “ativo estratégico em que concentra importantes investimentos”.

O anúncio feito pela Oi causou estranheza no mercado, uma vez que a CorpCo, empresa resultante da união entre Oi e Portugal Telecom (PT), anunciada no ano passado, está altamente endividada – R$ 46,2 bilhões no segundo semestre, e tornou-se um palco de polêmicas.

Fernando Portella, presidente da La Fonte, um dos acionistas da Oi, reconhece que a empresa está com a imagem arranhada, mas disse que a operadora está de volta ao jogo, ao confirmar que será “protagonista” dessa operação. Segundo ele, a operação, para ser levada adiante, depende ainda da aprovação dos acionistas.

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