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Trem deixa local da tragédia levando corpos das vítimas

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Hrabove (AE) – Enquanto o trem refrigerado carregando os corpos das vítimas do voo MH17 saía ontem da estação de Torez, cidade da Ucrânia controlada pelos separatistas pró-Rússia a 15 quilômetros do local dos destroços, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovava, por unanimidade, pedido de investigação internacional sobre o acidente. Segundo informações, o destino do trem era a cidade de Carcóvia, também no leste da Ucrânia, onde especialistas holandeses montaram um centro de triagem e identificação.

O primeiro-ministro do Holanda, Mark Rutte, afirmou que a repatriação dos corpos é a prioridade um de seu governo. Desde a manhã desta segunda-feira, os corpos estavam preparados para partir, segundo declaração do primeiro-ministro ucraniano.

Especialistas holandeses afirmaram ter visto restos mortais ainda não retirados dos escombros. Eles também inspecionaram bagagens e pertences dos passageiros e sugeriram que pretendem levar esses objetos ao centro montado na Carcóvia. A cidade, controlada pelo governo da Ucrânia, recebeu nesta segunda-feira outro grupo de especialistas formado por holandeses, australianos, alemães, americanos e britânicos.

Na Holanda, família e amigos das vítimas encontraram-se com membros da família real e políticos holandeses ontem. “Esse terrível desastre deixou uma profunda ferida em nossa sociedade”, disse o Rei Willem-Alexandre após o encontro. “A cicatriz será visível por anos”, acrescentou.Em ato incomum, o Rei fez um pronunciamento televisivo após receber centenas de familiares e amigos das vítimas. “Nós entendemos a frustração e a dor e compartilhamos o desejo de esclarecer as causas desse desastre”, disse o monarca em relação às dificuldades enfrentadas pelas investigações do incidente.

Além do pedido de investigação, a ONU  também exigiu que os grupos armados deixem o local da queda com acesso irrestrito para os investigadores internacionais, e que a integridade da cena seja mantida. A proposta da reunião de ontem partiu da Austrália, país que perdeu o segundo maior número de cidadãos (28) no acidente, atrás apenas da Holanda, que teve 193 cidadãos entre os mortos.

A ministra do Exterior da Austrália, Julie Bishop, declarou que o local da queda sofreu “violações grotescas” e pediu que os grupos rebeldes permitam imediatamente o acesso dos especialistas internacionais. Ela acrescentou que “as vítimas devem ser tratadas com dignidade.”

Rússia
O Ministério da Defesa da Rússia apresentou ontem seu primeiro relato detalhado sobre os momentos finais do voo MH17, da Malaysia Airlines, destacando que os radares russos localizaram uma segunda aeronave na região pouco antes da tragédia. As imagens de satélite, de acordo com a Rússia, mostram que a Ucrânia movimentou seu sistema de mísseis para a área antes da tragédia.

Em coletiva de imprensa, o chefe da força aérea, Igor Makushev, não comentou quem seria o responsável pelo míssil que supostamente abateu o avião na última quinta-feira. Entretanto, a versão apresentada combina com a mensagem transmitida pela televisão estatal russa nos últimos dias na qual a Ucrânia é acusada de ter derrubado a aeronave, possivelmente a partir de um avião de caça.

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