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Tropas serão retiradas em 2011

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Lisboa, 19 (AE) – A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) começará a retirar suas tropas do Afeganistão em julho de 2011 e sua missão de combate no país da Ásia Central irá se encerrar em 2014, ou até mais cedo, se a segurança puder ser transferida antes ao governo afegão, disse nesta sexta-feira o representante civil da aliança atlântica no Afeganistão, Mark Sedwill. “Nós achamos que esse objetivo é realista e então fizemos planos para que ele seja alcançado, mas é claro que se as circunstâncias permitirem, poderá ser feito mais cedo”, afirmou.
Representantes dos países membros da OTAN se reuniram e aprovaram o plano de retirada das tropas que começará em julho de 2011
Sedwill disse que a retirada começará “lentamente” no próximo ano e eventualmente será acelerada, mas ele não deu maiores detalhes. A escalada da guerra no Afeganistão, onde aliança atlântica luta contra o grupo fundamentalista Taleban, deverá dominar o encontro de dois dias que começou hoje em Lisboa. O porta-voz da Otan, James Appathurai, disse que os 28 líderes da Otan, incluído Obama, deverão aprovar o plano de retirada. Ele disse que a Otan está “bem confiante de que o final de 2014 é o prazo para transferir a responsabilidade às forças afegãs”.

ESTADOS UNIDOS

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ao jornal espanhol El País esperar que as tropas da Otan acelerem o treinamento das forças afegãs, com os países da aliança atlântica enviando mais instrutores ao Afeganistão. “Nós esperamos que os aliados e parceiros reforcem seu compromisso duradouro para facilitar um processo de transição sustentável, anunciando compromissos com treinadores e mentores adicionais para as forças de segurança nacional afegãs”, disse Obama.

Na entrevista, Obama afirmou que os EUA e seus parceiros têm como foco “derrotar a Al-Qaeda e seus aliados extremistas”. Ainda segundo ele, outra meta é auxiliar as forças locais a garantir a segurança do povo contra “ameaças externas e internas”.

Obama disse que os EUA e seus aliados apoiam totalmente o processo de reconciliação e integração no Afeganistão, incluindo “membros do Taleban que concordem com alguns pontos fundamentais”. Segundo ele, o Taleban deve “interromper seus laços com a Al-Qaeda e suas afiliadas” e “concordar com as regras da Constituição afegã, incluindo as normas que protegem os direitos de todos os afegãos”. “Esta reconciliação começa com o diálogo com as forças insurgentes e é e deve ser liderada pelos próprios afegãos”, notou Obama.

ESCUDO

Outra questão que será discutida na cúpula é o escudo antimísseis que os EUA ainda pretendem implantar na Europa Oriental. A Rússia, que participa do encontro em Lisboa como observadora, é contrária ao projeto.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse esperar que o encontro da Otan que começou nesta sexta-feira possa se tornar um “marco” nas relações da aliança atlântica com a Rússia. A ideia de um sistema conjunto de defesa antimísseis com o país é “um ponto essencial”, segundo Merkel, que falou durante entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, antes de a dupla partir para o encontro da Otan em Lisboa.

Merkel disse que gostaria de ver a Rússia envolvida no projeto. Segundo ela, isso seria uma “nova fase de cooperação” entre a Otan e Moscou. Merkel avaliou ainda que “é um sinal de boa vontade que o presidente russo esteja indo a Lisboa”.

ECONOMIA

Mais tarde, em entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro português, José Sócrates, Obama afirmou que os EUA pretendem trabalhar com Portugal e toda a Europa, a fim de apoiar medidas vigorosas para fortalecer os mercados financeiros internacionais.

O líder norte-americano disse em Lisboa que o foco da conversa com Sócrates foi a maior prioridade para os dois países – criar empregos e garantir a prosperidade para suas populações. Isso será feito, segundo Obama, pelo aumento no comércio e nos investimentos.

Antes, Obama se reuniu com o presidente de Portugal, Cavaco Silva, e disse que os encontros da Otan são uma oportunidade para os países alinharem sua abordagem da transição no Afeganistão.

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