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Turismo perde fôlego em Natal

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Natal registrou em 2013 o menor fluxo de voos e passageiros dos últimos quatro anos. A capital foi a terceira que mais perdeu voos e a que registrou a segunda maior queda no número de passageiros em todo o Nordeste no ano passado. Os dados fazem parte do relatório da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e foram disponibilizados esta semana.

De acordo com o relatório, o Aeroporto Internacional Augusto Severo perdeu 3.088 voos, entre nacionais e internacionais, e quase 290 mil passageiros em apenas um ano. Só Salvador e Aracaju perderam mais voos que Natal no ano passado. São Luiz registrou queda superior na movimentação de passageiros, em termos percentuais. Enquanto Natal perdeu 10,7% dos voos, São Luís perdeu 12,5% do total.

#SAIBAMAIS#A queda verificada no Rio Grande do Norte foi puxada pela movimentação internacional. O número de voos internacionais foi 20,4% menor que o verificado em 2012, em Natal. O recuo foi menor apenas que o verificado em Maceió e Teresina. A equipe de reportagem entrou em contato com a Infraero para saber a razão da queda, mas a estatal preferiu não comentar o assunto.

O secretário interino de Turismo do RN, George Lima, afirmou que vai procurar as companhias aéreas para saber por que estão reduzindo os voos para Natal e as razões para a cobrança de tarifas mais altas para capital potiguar. O tema, de acordo com ele, está sendo tratado diretamente pela Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor, que reúne todos os Procons do país. A titular da Senacon esteve esta semana no Rio Grande do Norte para discutir o assunto com o governo.

Para Habib Chalita, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio Grande do Norte (ABIH/RN), a queda no número de voos já era esperada. “O Rio Grande do Norte tem que fazer o que o Ceará fez. Tem que desonerar o querosene de aviação – reduzir a carga de impostos que incide sobre o combustível – em troca de mais voos. Só assim o fluxo de voos aumentará em Natal”, defendeu.

 Além de investir pouco na divulgação do destino, o governo do estado tem se negado a  conceder incentivos fiscais para que as companhias aéreas destinem mais voos para a cidade, afirma Habib Chalita.

George Lima, secretário interino do Turismo no RN, reconheceu que desonerar o querosene seria uma das saídas para reverter a queda no número de voos e do fluxo de passageiros em Natal. Ele afirmou que a Secretaria Estadual de Turismo não desistiu da ideia, embora a Secretaria de Tributação do RN tenha descartado essa possibilidade, meses atrás.

Estudo apresentado pelo consórcio Inframérica, que administrará o aeroporto Governador Aluízio Alves, mostrou que é possível aumentar a arrecadação do Estado e recuperar os voos perdidos desonerando o querosene de aviação.

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