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Um marco para nossa economia

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Carlos Eduardo
Prefeito de Natal

O Hub da Latam ou centro de conexões de voos domésticos e internacionais projetado pela empresa para a nossa região representa um enorme diferencial para a economia do Rio Grande do Norte. Os investimentos gerados pela sua instalação podem alcançar a cifra dos R$ 9 bilhões, ou 25% do nosso PIB, e sua operação deve gerar 10 mil empregos diretos, alavancando nosso desenvolvimento econômico e social. Em cinco anos, a economia da Grande Natal terá um incremento de R$ 7 bilhões e  um acréscimo de 24 mil novos postos de trabalho. Para sediar o hub, nosso aeroporto concorre com os de Recife e de Fortaleza, estados que já foram beneficiados com uma refinaria e uma siderúrgica, em detrimento do nosso. Daí ser fundamental a união de todos em defesa da escolha da nossa terra para sediar este projeto, visto que tecnicamente estamos à frente dos dois estados vizinhos.

Historicamente comprovada pelos Aliados durante a 2ª Guerra, Natal tem a menor distância para a Europa e a África em comparação com Recife e Fortaleza, oferecendo mais economia de tempo e combustível nas operações de voo. Por sinal, temos uma planta de produção de querosene para aeronaves, que é outra vantagem. Comparativamente, nossa cidade também tem melhor estrutura hoteleira para responder à demanda do novo negócio. Já o aeroporto Aluizio Alves tem pista maior e mais larga que os de Recife e Fortaleza e maior espaço físico para expansão, uma vez que foi projetado como aeroporto-cidade, isto é, um complexo aeroviário capaz de se auto-sustentar, por isso mesmo não está encravado no perímetro urbano de São Gonçalo do Amarante, ao contrário dos dois concorrentes em suas respectivas cidades. Além do mais, por ser mais novo, exige menos adequações e ainda supera os concorrentes em sofisticação e tecnologia. Outro detalhe importante é o fato de ser administrado pela iniciativa privada, o que dá mais segurança jurídica em termos de investimento a longo prazo. Por sinal, o consórcio Inframérica, responsável pelo gestão do nosso aeroporto, é parceiro do grupo Latam na administração do hub no aeroporto de Brasília, fato que sinaliza maior aproximação entre as duas empresas.

Para se ter a dimensão da dianteira que temos em relação a Recife e Fortaleza, basta saber que o nosso aeroporto tem capacidade operacional já instalada para 6 milhões de passageiros/ano, porém com potencial para ampliar esta capacidade para até 70 milhões de passageiros/ano. Isto é muito importante, porque o centro de passageiros e cargas da Latam vai promover 13 novas frequências aéreas internacionais e 18 frequências aéreas nacionais, com 30 aeronaves tendo o aeroporto de Natal como pontos de partida e de chegada. Este conjunto de fatores a nosso favor deve estimular a todos para que realmente possamos transformar esta possibilidade numa grata realidade. Cabe ao governo estadual e às administrações de todas as prefeituras da Grande Natal, cabe aos segmentos organizados da sociedade e às lideranças políticas e empresariais de todo o Rio Grande do Norte a luta para viabilizar esse grande investimento, que verdadeiramente vai abrir um novo horizonte para a nossa economia. E Natal tem se preparado para essa nova realidade, priorizando o transporte público de massa com a implantação de corredores exclusivos e semi-exclusivos para ônibus, estações de transferência e novos abrigos de passageiros, além de um plano cicloviário que terá de início 72 quilômetros. Assim, a cidade se prepara para absorver o forte impacto que o hub da Latam vai exigir de nossa mobilidade urbana.

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