O chamado ‘emocore’ cresceu, mas continua sendo tocado com velocidade e melodia. É o que vai mostrar o NX Zero, uma das bandas expoentes dessa cena no Brasil durante a década passada, em show neste domingo, a partir das 18h, na Arena das Dunas. O grupo vem mostrar o show da turnê “Norte”, também o nome de seu novo trabalho, um disco de inéditas gravado totalmente ao vivo. Os garotos querem passar uma música “orgânica e intimista”. A noite será aberta pelas apresentações de André Rangela e a banda Plutão Já Foi Planeta.
“Norte” é produto de uma banda madura, que soube envelhecer junto com seu público. “Talvez realmente chegar aos 30 anos traga uma segurança e confiança para se fazer o que quer sem medo de ser feliz”, afirma o vocalista Di Ferrero em entrevista ao FDS. No palco, além dele, estarão Gee Rocha, Dani Weksler, Conrado e Fi, acompanhados do músico Rafael Mimi, no teclado, o sexto elemento da banda que já toca com eles há bastante tempo.
O novo disco será tocado na íntegra, mas os velhos sucessos também estarão garantidos. Os fãs podem aguardar “Só rezo”, “Razões e emoções”, “Maré”, “Cedo ou tarde”, “Onde estiver”, além da música “Vamos seguir”, do EP “Estamos no começo de algo muito bom, não precisa ter nome”, lançado em 2014. Di Ferrero e Gee Rocha falaram um pouco mais sobre o disco e o atual momento da banda. Acompanhe o bate-papo:
São 14 anos de banda. Quando vocês surgiram havia toda uma cena de hardcore melódico, o emo, etc. O que mais mudou daquela época para cá?
Acho que nós e nosso público. Quando a gente começou éramos muito novos, hoje já passamos dos 30, então as referências e tudo acaba evoluindo e mudando, e nosso público acompanhou a gente nisso.
Por que um álbum ao vivo só de inéditas?
Ele é diferente dos nossos outros discos, ser gravado ao vivo é algo incomum nos dias de hoje, mas foi uma vontade que foi realizada da banda! Queríamos que quem ouvisse tivesse a sensação de estar na sala de gravação.
Como é a relação da banda com o público nesses tempos em que o disco físico não é mais tão importante como há alguns anos atrás?
A gente já é de uma geração que começou na internet, e isso só vem crescendo nos últimos anos. Pra gente isso sempre foi natural, temos um contato grande com nosso público pela internet e nos shows.
O público inicial de vocês está mais velho. Acha que isso de alguma forma influencia as músicas que vocês estão fazendo?
Não só o público, como a gente também. Talvez realmente chegar aos 30 anos traga uma segurança e confiança para se fazer o que quer sem medo de ser feliz. Foi um processo de amadurecimento e mudanças desde a nossa ida para Juquehy e a gravação do EP “estamos no começo de algo muito bom”. Buscamos novas formas de fazer música e renovar nossa forma de se expressar.
Vocês acompanham as novas bandas nacionais? Podem destacar algo que estão ouvindo?
A gente sempre tá ligado nas novas bandas, de cabeça me vem o Scalene, Supercombo, Far From Alaska e toda essa nova geração que está dando ainda mais gás pro rock nacional.
Serviço:
NX Zero e turnê “Norte”.
Domingo, a partir das 18h, na Arena das Dunas.
Preços: R$50 (pista) e R$80 (meia da área VIP).
Vendas: Chilli Beans (Midway Mall e Praia Shopping).
