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Uma anã na política

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Woden Madruga [ [email protected] ]

A política de Brasília volta a ser manchete nos principais jornais. Vejo as edições onlaine e confiro o vasto mundo da internet. Esse pegapracapar do PMDB com o Palácio do Planalto está no cardápio de todos os blogues de todas as  categorias: A, B, C, D e etc. É o mote para  glosa geral. Na CBN ouvi: “Blocão vence o governo”. No Estadão, em cima da capa: “Com apoio do PMDB, Câmara cria grupo para investigar a Petrobras”. Noutro jornal, acho que no Globo, li assim: “PMDB se diz independente e reavalia aliança”. Volto ao Estadão: “Derrota do governo teve 158 votos da base”. Tudo isso aconteceu na Câmara dos Deputados, no mesmo dia (terça-feira) em que a presidente Dilma Rousseff declarou no Chile que o “PMDB só lhe dava alegria”. Mas quem explica muito bem o que está acontecendo em Brasília é o analista político Josias de Souza. Acabo de ler o seu comentário, com o titulo “Na Câmara, Dilma tornou-se uma anã política”. A pedido da patota da praça Monsenhor Expedito, em São Paulo do Potengi, transcrevo o texto – claro, objetivo, didático – por inteiro:

“Dilma Rousseff passou as últimas 72 horas afirmando, em privado, que queria saber qual é o tamanho real de Eduardo Cunha, o líder do PMDB. Em movimento suprapartidário, os deputados governistas se juntaram para fornecer à presidente uma informação valiosa. Hoje, 11 de março de 2014, medida pelo painel eletrônico da Câmara, Dilma tem a estatura de uma anã política: 28 votos – ou 5,4% do colegiado de 513. A presidente é menor até do que o partido dela. Dono de 87 cadeiras na Casa, o PT não desceu inteiro no front.

Com boa vontade, pode-se adicionar ao cesto de Dilma as 15 abstenções e os 89 deputados que se declararam “em obstrução”. Ainda assim, a presidente da supermaioria de cerca de 400 aliados saiu da votação reduzida a uma minoria de 132 votos. Assim, com o conglomerado partidário lipoaspirados para 25,7% da Câmara, Dilma descobriu que Eduardo Cunha e o PMDB não são seus únicos problemas. Longe disso.

Como previsto, foi a voto a proposta da oposição de criação de uma comissão suprapartidária para investigar, em diligências externas, denúncia de pagamento de propinas na Petrobras. Como fizera antes do Carnaval, o PT tentou obstruir. Dessa vez, fracassou. E a coisa passou em votação simbólica. Inadvertido, o PT exigiu a aferição eletrônica dos votos. Com esse gesto, empurrou para dentro da derrota a humilhação de um placar acachapante: 267 a 28, noves fora abstenções e obstruções.

Dilma aprendeu uma lição na Câmara. Ainda não percebeu que lição foi essa. Mas, se esquecer por um instante a assessoria especializada de Aloizio Mercadante e convocar ao Planalto uma criança de 5 anos, perceberá o que deu errado. Quem puxa o rabo do gato arrisca-se a tomar uma mordida. E aprende que, se não puder dar uma cacetada na cabeça do gato antes de puxar-lhe o rabo, é melhor continuar servindo leitinho fresco no pires.

Dilma Rousseff derrotou Dilma Rousseff na Câmara, eis a lição da noite. No comando de um governo apoiado por um condomínio fisiológico, a presidente selecionou Eduardo Cunha para fazer pose de mandatária asséptica. Fez isso num instante em que a gataiada reclamava do racionamento de leite. Escasseavam até as verbas das emendas.

Ao perceber que a candidata à reeleição, de olho no tempo de propaganda no rádio e na televisão, promovia uma distribuição seletiva de ministérios, os gatos miaram com estridência. Ao notar que o PT bebe mais leite, os aliados resolveram esclarecer que sempre é possível desembarcar. Foi como se os governistas informassem a Dilma e ao PT que eles também sabem fazer pose. Se necessário, saltam do governo petista fazendo pose de navio que abandona os ratos.”

Onde chove
Tem chuva de 80 milímetros no sertão potiguar, isso de terça-feira para o amanhecer de ontem. Chuvas fortes na região Oeste, mais na “tromba”, pegando 35 municípios. As melhores chuvas foram em Luís Gomes, 82 milímetros, e em Frutuoso Gomes, 80. Em dois dias seguidos, choveu 120 milímetros em Luís Gomes e 102 em Frutuoso Gomes, açude pegando água certamente.

As outras chuvas foram em José da Penha, 75 (115 em dois dias), Tenente Ananias, 70; Riacho de Santana, 67; Alexandria (de Adriano de Sousa), 66; Lucrécia, 60; Água Nova, 57; Coronel João Pessoa, 52; Major Sales, 51; Encanto, 50; Paraná e Pilões, 42; Marcelino Vieira, 41; Rafael Fernandes e Serrinha dos Pintos, 37; Doutor Severiano, 35; São Miguel e Venha Ver, 29; Pau dos Ferros, 29.

No Seridó
No boletim da Emparn, as chuvas no Seridó foram melhores em Parelhas, 54; Ouro Branco, 26; Caicó (Batalhão), 24; Caicó (Itans), 20; Caicó (Emater), 20; Jardim de Piranhas, 14; Jardim do Seridó, 12; Santana do Seridó e São Fernando, 9. Passou um chuvisco pelo Acari.

No Agreste, as chuvas chegaram a Jundiá, 32; Vera Cruz, 24; Monte Alegre, 20; João Câmara, 18; Eloy de Souza, 14; Serrinha, Ielmo Marinho e Santo Antônio, 11. Em São José de Mipibu, 29; Espírito Santo, 28; Senador Georgino Avelino, 21; Parnamirim e Ceará-Mirim, 19; Natal, 15.

Dia do Rim
Hoje, 13, é o Dia Mundial do Rim. A Sociedade Brasileira de Nefrologia, secção do Rio Grande do Norte, tem uma programação para uma semana com atividades que irão até o dia 20 em hospitais, centros comunitários, clínicas. A programação começa às 8 horas de hoje no Centro de Atividade e Lazer da Melhor Idade, na Cidade da Esperança, com uma palestra do médico nefrologista Flávio Aguiar. O tema da campanha é “1 em 10. O Rim envelhece, assim como nós”.

Livro Petrópolis
Guia prático, histórico e saboroso do bairro é o novo livro de Gustavo Sobral que será lançado em abril, dia 6, na Praça Aristófanes Fernandes (não Praça das Flores, que lá não existem nem em forma de cravo de defunto). O projeto gráfico e suas ilustrações, muito bacanas, também são de Gustavo, que conhece todos os sabores e gostos do bairro, onde se bebe e onde se come (também), um pouquinho de sua história, uma pitada de suas lendas inventadas, por aí, um mentirinha aqui e acolá.

O livro já pode ser encontrado na Banca de Tota, que todo mundo sabe onde fica: quase esquina da Afonso Pena com a Potengi, mais ou menos ali onde morou o poeta Newton Navarro.

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