João Fernando
São Paulo
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Todos circulam pelas lojas, mas ninguém compra nada. Apesar das escadas rolantes e das vitrines, o centro de compras de “#PartiuShopping”, humorístico que marca a volta de Tom Cavalcante à TV, com estreia prevista para o dia 15, às 23h30, no Multishow, é apenas um cenário montado dentro de um estúdio, de onde a plateia de 240 pessoas observa tudo.
— Eu vinha estudando essa história do shopping com uma família dentro para fazer graça — conta Tom, que desenvolveu o projeto em parceria com a produtora Fremantle.
Os 30 episódios, exibidos de segunda a sábado, mostrarão a rotina do Astro Shopping, cujo fundador morreu e deixou tudo para Gildo (Tom Cavalcante), o chefe da segurança, que não sabe que é o herdeiro. Por isso, a viúva, Berengária (Nany People), e seu filho, Felinto (Alex Gruli), tentam diariamente fazer com que o funcionário assine um documento em que abra mão de tudo.
Mesmo com a semelhanças com “Sai de baixo”, programa da Globo exibido de 1996 a 2002, em que interpretava o porteiro Ribamar diante da plateia, o comediante acredita que o telespectador não terá “#PartiuShopping” como uma alusão ao papel antigo.
— O grande personagem sou eu. Não tem Ribamar ou Gildo, é o Tom com variações de voz e interpretação do texto. Com o passar dos programas, as pessoas começam a assimilar o Gildo, assim como foi com outros personagens.
No elenco fixo estão rostos conhecidos, como Danielle Winits, que interpreta Rissole, faxineira e ex-mulher de Gildo, e Monique Alfradique, na pele da periguete Perla. Entre os novatos estão Camilla Camargo, como Isabellen, dona de um quiosque, e Leo Castro, como Merlon, personal trainer de uma academia do shopping fictício por onde dezenas de figurantes circulam sem parar.
Em parte dos episódios, há convidados especiais. Na gravação que a Revista da TV acompanhou, o apresentador Ratinho encarnou um detetive que investigava um atropelamento por bicicleta nos corredores do centro de compras. Até ele fazia graça pelo fato de estar na função de ator.
— O teu exame de DNA está pronto. Pode ir lá pegar — disse ele para tirar sarro com os companheiros de palco.
Em 2012, Tom Cavalcante saiu da Record e foi para Los Angeles estudar inglês e cinema. Por lá, bancou a produção de um média-metragem de comédia, “Pizza me mafia”. Ele garante que os quase dois anos nos EUA não mudaram seu jeito de trabalhar.
— Eles viram que eu já tinha um nome no Brasil. E estudar o inglês não é só falar, é interpretar. Ralei bastante. Continuo com a minha essência popular. Só coloquei uma boa embalagem. O popular também é chique.
