Além da falta de medicamentos indicada por pacientes, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE constatou que a unidade mista de Mãe Luíza vive situação crítica das instalações, com paredes mofadas na recepção, no depósito e na sala de pequenas cirurgias. Há ainda janelas e portas quebradas e com reparos improvisados, aparelhos quebrados e goteiras durante as chuvas.
Apesar da previsão de reforma, o serviço ainda não começou. Na unidade de Cidade Satélite, cujo prédio público original deveria abrigar serviços ambulatoriais e pronto-socorro, apenas os de emergência estão lá. O diretor técnico Djailson Suassuna diz que por volta de 2009 a parte onde funcionavam os serviços ambulatórios foi interditada devido à estrutura prejudicada e desde então um prédio, no quarteirão ao lado, está alugado para esses serviços.
#SAIBAMAIS#“Na gestão passada o prédio foi alugado e nunca houve o reparo aqui. Quando começamos esta gestão renovamos o contrato”, conta o diretor. Para esta unidade, que atende toda zona sul e municípios do RN, era previsto investimento de R$ 800 mil. Parte da estrutura – área interditada – precisa ser demolida para nova construção.
Na unidade o desabastecimento de medicamento é crônico. Decadron, penicilina, bezentacil, tilatil, captopril estão em falta. Ele diz também que o valor da reforma teria sido aprovado, mas que desde o ano passado não tem notícias do montante. “Para saber quanto é realmente esse valor e quando ele vem, é melhor procurar a Secretaria [Municipal de Saúde]”, acrescentou.
A unidade foi indicada pelo Município como referência para a Copa do Mundo 2014. Após indicação da assessoria de imprensa, a TN procurou o gabinete da secretaria, a coordenadoria administrativa-financeira e a chefia do Departamento de Atenção Básica, para esclarecimentos referentes à recuperação das unidades, mas não conseguiu contato com nenhum dos titulares.
