Pequim (AE) – A medalha de ouro nos 100 metros deu fortes indícios de que o jamaicano Usain Bolt voltou a ser o maior velocista da atualidade. O tetracampeonato nos 200 metros, obtido ontem no Mundial de Pequim, na China, deixou claro que não existe a menor dúvida disso. Não há e talvez nunca haverá um atleta como Bolt. A festa jamaicana só foi interrompida quando um cinegrafista chinês atropelou o campeão ao se desequilibrar em seu diciclo.
Na final de ontem, no estádio Ninho do Pássaro, Bolt largou mal (como sempre) e entrou na reta pouquíssimo à frente de Gatlin. Mas, a cada passada a vantagem ficava maior. Quando faltavam cerca de 20 metros para a linha de chegada, Bolt já relaxava. Antes de completar a prova, já batia no peito para comemorar o tetracampeonato, com o tempo de 19s55, melhor da temporada.
Bolt fez o tradicional raio, tirou “selfies” com os torcedores presentes ao Ninho do Pássaro. Mas talvez a grande imagem do dia tenha sido o atropelamento do astro por parte de um cinegrafista chinês sobre um diciclo – veículo elétrico de duas rodas paralelas, no qual o usuário se mantém em pé.
Bolt, já descalço, dava a volta olímpica no Ninho do Pássaro, acompanhado do cinegrafista, quando o diciclo passou por uma saliência e mudou de rumo, indo para cima do jamaicano. “Não me choquei com o cinegrafista. Ele me atropelou. Agora estou tentando divulgar o boato de que Justin Gatlin o contratou”, disse, brincando.