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Vendas de ruas aumentam

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Passados os jogos da Copa do Mundo em Natal, as vendas dos produtos típicos do período junino experimentam uma melhora, considerada ainda tímida pelos comerciantes. A procura pelo milho aumentou e o preço acompanhou este movimento. “A mão” (50 espigas), vendida na semana passada por R$ 15 no estacionamento da Central de Comercialização localizada na esquina da rua  Jaguarari com a avenida Mor Gouveia, ontem era encontrada a R$ 25.
Comerciantes estão vendendo, mas reclamam que este ano área não recebeu apoio logístico
Apesar do reajuste, os consumidores acham o valor justo. “Faz uns três anos que compro a esse preço. Então considero bom”, diz o contador Carlos Lira. Mas, para os comerciantes, os dias de poucas vendas ainda não foram compensados. Sheila da Cunha Bezerra vendeu cerca de 100 mil espigas desde o início do mês. O número parece robusto, mas ela alega que isso representa uma quantidade de três a cinco vezes menor do que normalmente consegue. “Agora no São Pedro melhorou. Mas ainda não estamos vendendo tão bem”, diz.

A reclamação dos produtores e comerciantes que estão no local é a falta de segurança e estrutura. “Não botaram luz, estão roubando o milho de madrugada, e não recolhem o lixo. Desde o início do mês está assim”, aponta Manoel Félix, de 62 anos, que trabalha no local há vários anos. “Nunca foi desse jeito”, destaca. Foram os próprios comerciantes que alugaram as barracas. Não há banheiro químico instalado nas proximidades. 

Os vendedores de lenha para fogueira já não esperam melhora. “Hoje vendi três fogueiras. Espero vender mais um pouco, mas depois não vai ter mais”, considera José Adriano da Costa. O conjunto da fogueira é vendido a R$ 20. “Com a Copa ficou mais difícil. Geralmente é assim”, acrescenta o vendedor, que também aponta a chuva como causa da baixa procura.

A venda de roupas também cresceu, de acordo com os vendedores. E a saída dos vestidos, camisas e adereços cresceu graças à liberação de outro produto. O comércio de fogos de artifício estava proibido nas barracas montadas nas avenidas localizadas próximo à Arena das Dunas, durante o período de jogos da primeira fase do mundial. O Corpo de Bombeiros confirmou o fato. A medida atendia a uma exigência da Fifa. Agora, a vendedora Emília Martins comemora a sutil alavancada. As roupas e adereços da Copa estão ajudando no fim das contas.

Chegando ao fim do mês, ela considera que o comércio só vai melhorar a medida que a seleção brasileira passe de fase. “Enquanto o Brasil for passando, até ser campeão, a gente vai continuar vendendo. Se perder, as pessoas vão deixar de comprar logo agora”, considera.

    Apesar de lamentar o fato de ter apurado pouco mais da metade do que consegue normalmente, a comerciante Lindalva Palhano está otimista. “Desde sexta está bom. A tendência é melhorar agora”, coloca. Pelas ruas da cidade, as barracas de alimentos típicos estão mais presentes nas calçadas e canteiros.

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