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Vendas no interior do RN desaceleram, mas há otimismo

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Se os verbos desacelerar, frear e desaquecer embasam a análise dos comerciantes da capital do Estado, nas cidades do interior os verbos usados são ainda mais preocupantes: parar, cair, fechar, desempregar. Além de sofrer com as consequências  da conjuntura econômica nacional, o comércio no interior acumula  preocupações locais que afetam fortemente o ritmo das vendas. No RN, um problema ‘extra’ é comum a todas as cidades: os efeitos da seca afetam diretamente as feiras livres dos municípios que são o pulmão das vendas no interior.  O presidente da CDL de Nova Cruz, Pedro Alexandre Silva, confirma o baixo movimento no comércio local ao longo do ano. “A seca afeta todo o interior. O maior sinal disso é a pouca movimentação nos dias da feira”, explica. Embora analise o momento como difícil, Pedro Alexandre é otimista. “Todos nós esperamos um bom fim de ano e uma recuperação em 2015. Temos que pedir coisas boas… Sou um otimista”.

#SAIBAMAIS#Em Caicó, principal cidade da região Seridó, a seca é a maior preocupação do setor de comércio e serviços. José Jorge, presidente da CDL na cidade, ressalta que a economia da região é baseada na agropecuária que “está imobilizada com os efeitos da estiagem”. O temor maior é de que as chuvas não cheguem em quantidade suficiente para garantir a recarga do Açude Itans – que abastece a cidade – antes do carnaval. A festa atrai milhares de turistas para a cidade e dita o ritmo das vendas no município ao longo do ano. “Se não chover até fevereiro, começaremos o ano em uma situação ainda pior”, concluiu.

A falta ou queda de investimentos na área da indústria ou em outros segmentos econômicos também atinge a velocidade de recuperação de vendas no interior. Mossoró, segunda mais importante cidade doRN, teve que lidar com dois desses empecilhos: a queda nos investimentos da indústria petrolífera na região e a desvalorização do sal – um dos principais produtos extraídos no RN. “Nossa sorte é que a abrangência do comércio de Mossoró é muito grande aqui na região Oeste. O próximo ano ainda é uma incerteza. Mas estamos otimistas”,  argumenta, Antônio Alexandrino de Lima, presidente da CDL Mossoró.

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