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Verônica – Débora Bloch

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Em Cordel Encantado,  no papel da duquesa Úrsula, a sensualidade visual de Débora Bloch alcançava uma dimensão erótica. Sem ser incluída entre os símbolos sexuais, Débora esteve sedutoramente desejável.

Por causa do papel ser essencialmente humorístico em Avenida Brasil, Débora Bloch reapareceu sem aquela sensualidade, e a sua presença cênica foi menos hilariante. Isso, porém, não significa que o desempenho seja fraco,  pois nunca deixou de ser correto.

Condicionada pelo papel, Débora resistiu à tentação de usar truques de interpretação para se fazer notar. Verônica tem aparecido, particularmente nos últimos capítulos, dividindo a cena com as outras duas mulheres de Cadinho, Aléxia (Carolina Ferraz) e Noêmia (Camila Morgado), como as outras das também estão bem, ela não se destaca.

Débora Bloch cresce com o papel e talvez por render mais fora da órbita humorísatica, a sua atuação como Verônica, não alcançou o padrão visto em outras novelas.

CADINHO – Alexandre Borges

Além de se sentir à vontade, Alexandre Borges faz bem os personagens humorísticos, e, em Ti-Ti-Ti, teve excelente atuação. Em Avenida Brasil, como Cadinho, em vez de uma, vive simultaneamente com três mulheres – e, ao trocar a Zona Sul pela Zona Norte, ainda conquista uma quarta.

Em uma história realista não haveria lugar para um personagem como Cadinho, um ex-milionário falido, que, sobrevivendo como lavador de carros, parece feliz por ter ficado pobre. Em relação a ele, porém, não existe, como nos filmes de Frank Capra, um enfoque humanista e social.  Como em toda novela da Globo tem de ter um núcleo humorístico, explica-se a sua existência.

Cadinho é o típico conquistador, que, como Casanova, nunca se satisfaz com uma única mulher. A única diferença entre os dois, é que ele não abre mão das mulheres conquistadas, revelando-se, na mudança das camas, um invejável atleta sexual.

Simpático, sorridente, mentiroso, Cadinho, sem ser jovem, é fisicamente atraente, e, com a sedução proporcionado pelo dinheiro, era irresistível. Apesar das inevitáveis repetições de situações inerentes as novelas, Alexandre Borges se salva como ator e conseue sustentar o personagem. E, o que é igualmente importante, jamais é chato.

Rostos – MARLENE DIETRICH

Ela ficou mundialmente conhecida em “O Anjo Azul” (1930), mas foi em Hollywood, a partir de “Marrocos”, fisicamente remodelada, é que seria mitificada. O seu escultor cinematográfico foi um dos gênios do cinema americano: Josef Von Sternberg. A imagem fílmica de Marlene é emoldurada por sofisticado e intelectualizado exotismo, que nos filmes do seu criador seduz através de uma insólita combinação de erotismo e sadismo amoroso. A exemplo de Greta Garbo, as personagens eram concebidas (no roteiro) à semelhança da imagem cênica de Marlene Dietrich, e, às vezes, ela era maior do que o papel. Mesmo nos filmes esquecíveis, ela continua inesquecível.

Cinema/Críticas

Fraco: Na Estrada 
Embora tenha sido dirigido pelo brasileiro Walter Salles, “Na estrada” é um filme cem por cento americanos. Esse, aliás, é único mérito deste novo trabalho do diretor de “Central do Brasil”.

Trata-se de uma adaptação do livro “Pé na Estrada”, que, na visão dos admiradores do escritor Jack kerouc, retratou o modo de viver e agir da chama geração beat, precursora dos hippies dos Anos 60.

Se nenhum produtor americano quis levar “Pé na estrada” à tela desde o seu lançamento, em 1957, é porque havia um consenso de que não daria um bom filme – e realmente não deu.

O que se vê nesta fita pretensiosa excessivamente longa é repetitiva, e um interminável desfile de cenas de sexo e drogas. E apesar da narrativa está sendo puxada pelos carros nas estradas americanas, o filme continua e termina no lugar em que começou.

Fraco: Ted

Ao contrário de filmes interpretados por bichos, Ted, cujo protagonista é um ursinho de pelúcia, não é um espetáculo infanto juvenil.

Ted que foi humanizado numa noite de Natal para fazer companhia a um menino solitário chamado, John Bennett.

Eles se tornaram amigos inseparáveis e essa inusitada e  absurda relação impede que John Bennett se case com a mulher que ama.

Não espere encontrar no filme a delicadeza e o bom gosto visual das produções do estúdio Disney.O ursinho é debochado,diz palavrões,fuma maconha,faz amor com mulheres.

Ted é uma comedia grosseira e como a maioria das comédias americanas da atualidade substituiu a criatividade humorística pelos palavrões e as cenas de mau gosto.

TELEJORNAL

ÚLTIMA cena

 Sem a alegria de Hebe,  a televisão ficou mais triste.

MUDANÇA

Após 30 anos na Globo, Carlos Lombardi foi para a Record, contratado para escrever uma novela em 2013.

REPETIÇÃO

 O erro que se viu em Insensato Coração está se repetindo em Lado a Lado: Lázaro Ramos não possui o perfil cênico e a simpatia pessoal para o papel de galã romântico.

CONVITE

A novela está prevista para o segundo semestre de 2013, mas Lilia Cabral já foi convidada (e aceitou) por Ricardo Linhares para Saramandaia.

IMAGEM

 Por mera coincidência, duas semanas depois da crítica de Fama, na qual Leleco era citado como o personagem mais chato de Avenida Brasil, nestes últimos capítulos (ou em alguns deles) o personagem tornou-se menos exibicionista, menos espaçoso e menos chato. A mudança beneficiou o ator Marcos Caruso.

FILMES QUE NÃO ESQUECI

SEMPRE AOS DOMINGOS (1962). Direção: Serge Bourguignon.

A ÚLTIMA TEMPESTADE (1991). Direção: Peter Greenaway.

Anchieta Fernandes

OS VISITANTES DA NOITE (1942). Direção: Marcel Carne

FESTIM DIABÓLICO (1948). Direção: Alfred Hitchcock.

Arnóbio Fernandes

M. O VAMPIRO DE DUSSELDORF (1931). Direção: Fritz Lang

UM CORPO QUE CAI (1958). Direção: Alfred Hitchcock.

O PROCESSO (1963). Direção: Orson Welles.

Bené Chaves

CIDADÃO KANE (1941). Direção Orson Welles.

A AVENTURA (1960) Direção: Michelangelo Antonioni.

João Charlier Fernandes
OS SUSPEITOS (195). Direção: Bryan Singer.

José Delfino Neto

SABRINA (1954). Comédia. Direção: Billy Wilder

Cláudio Emerenciano.

LÍRIO PARTIDO (1919). Romance/Integração Racial. Direção: David W. Griffith

TEMPOS MODERNOS(1936). Comédia/ Sátira Política. Direção: Charles Chaplin.

PUNHOS DE CAMPEÃO (1949). Esporte/Boxe. Direção: Robert Wise.

O SEGREDO DAS JÓIAS (1950). Gangster/Policial/ Assalto. Direção: John Huston.

Valério Andrade

EM BUSCA DO OURO (1925). Comédia. Direção: Charles Chaplin.

CASABLANCA (1942). Direção: Michael Curtiz.

CANTANDO NA CHUVA (1952). Direção: Stanley Donen & Gene Kelly.

Valério Mesquita

FRASES/NOVELAS

Avenida Brasil

CARMINHA (ao admitir para Tufão que fôra prostituta): “Passei uma borracha no meu passado. Eu matei aquela Carmen Lúcia”.

CARMINHA (achando que ainda engana Tufão): “Eu vou ser a melhor mulher do mundo para você”.

TUFÃO (finalmente!) – “Vou descobrir a mulher com quem eu durmo”.

MAX (para Carminha): “Eu vou adorar jogar toda essa merda no ventilador”.

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