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Vulnerabilidade social cai 31% no RN

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Valdir Julião
repórter

O Atlas da Vulnerabilidade dos Municípios Brasileiros/2015, lançado ontem (1º) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta o Rio Grande do Norte como o segundo estado, entre os nove da região Nordeste, que mais reduziram a vulnerabilidade social. O RN evoluiu 0,160, saindo de um IVS [Índice de Vulnerabilidade Social] de 0,509, em 2000, para 0,349 dez anos depois. O percentual de redução foi de 31,43%. No ranking do Nordeste, o Estado ocupa o 1º lugar. Ou seja: é o estado nordestino com vulnerabilidade mais baixa. No Brasil, detém o 14º menor IVS.
Ipueira registrou, entre 2000 e 2010, a maior redução da vulnerabilidade social entre os estados nordestinos. Saiu de um IVS de 0,581 para 0,244 em dez anos, segundo estudo elaborado pelo Ipea
Dos 167 municípios potiguares, 28% tiveram evolução, variando de 0,181 e 0,377, à frente de Piauí, Ceará e Pernambuco, com mais de 20% de seus municípios nesta faixa. O Maranhão é o estado nordestino que mais evoluiu, com redução do IVS em 0,163, mas detém um índice acima do RN: 0,521 (na faixa de muito alta vulnerabilidade).

Segundo o Atlas de Vulnerabilidade dos Municípios, o maior incremento da região Nordeste foi, justamente, de um município do Rio Grande do Norte – Ipueira, a 321 quilômetros de Natal, na região do Seridó, com uma redução de 0,337 no IVS, que era de 0,581 no ano de 2000 e foi a 0,244 em 2010, o que significa baixa vulnerabilidade social.

#SAIBAMAIS#Ipueira tem 2.221 habitantes, a menor população de um município do Rio Grande do Norte, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), divulgada no fim de agosto. O prefeito Paulo Brito (DEM) comentou os dados. “Foi uma surpresa grande. Tudo isso é resultado do trabalho feito pelos gestores do município, inclusive dos anteriores. A gente está com o pagamento em dia do comércio, dos servidores, o que melhora a qualidade de vida do povo”, disse ele.

Paulo Brito está no primeiro mandato e diz que vem trabalhando para manter a administração municipal no atual nível em que se encontra, com melhoria da infraestrutura da cidade. Segundo ele, todas as escolas e creches municipais foram reformadas, “com as salas todas climatizadas”. Agora, a luta, avisou ele, é para o Governo Federal liberar recursos para a conclusão das obras da Unidade Básica de Saúde (UBS), que está incluída no PAC 2.

 No RN apenas 13 municípios, incluindo a capital, estão enquadrados nessa faixa de baixa vulnerabilidade social, mais do que a Paraíba (6), Bahia (5), Piaui e Ceará (2) e Maranhão (1). A capital tem o 4º menor IVS do Nordeste. Entre as capitais brasileiras, além de Natal, figuram nesssa faixa de baixo IVS: Teresina (PI), João Pessoa (PB) e Aracaju (SE).  A capital potiguar evoluiu 0,108 no IVS, que era 0,400 em 2000 e dez anos depois caiu para 0,292.

Segundo o Atlas do Ipea, a vulnerabilidade social no país caiu de 0,446 para 0,326 entre os anos de 2000 e 2010, uma evolução de 0,120 – uma queda foi de 27% em direção a níveis mais baixos de vulnerabilidade social, mas o índice ainda é alto no Norte e Nordeste.

O Atlas mostra que na região Nordeste quase a metade dos municípios (47,7%) está agrupada na faixa do IVS alto. Outros 32,4% estão na faixa muito alta de vulnerabilidade social.

Os estados de Alagoas e Maranhão são os que apresentam o maior percentual de municípios nessas duas faixas de vulnerabilidade, 96,1% e 95,4% respectivamente. No Maranhão, 78,8% dos municípios se encontram na faixa de vulnerabilidade social muito alta. O IVS é um índice que varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo a 1, menor é a vulnerabilidade social de um município.

O que é o IVS
O Ipea mapeia a  vulnerabilidade social dos 5.565 municípios brasileiros com base em indicadores sobre infraestrutura urbana, capital humano, renda e trabalho. O Atlas da Vulnerabilidade Social nos Municípios Brasileiros permite observar a evolução de cada localidade entre 2000 e 2010 e identificar os territórios onde há situações indicativas de exclusão e vulnerabilidade social – algo essencial para a orientação de gestores públicos municipais, estaduais e federais.

Como
O IVS é composto por 16 indicadores divididos em três dimensões: infraestrutura urbana, capital humano, e renda e trabalho. A publicação aponta o avanço dos indicadores em todas as dimensões, refletindo a ampliação do acesso, pela população, aos direitos sociais. Dentre os indicadores abordados no Atlas, os que mais evoluíram em cada uma das dimensões foram o acesso ao serviço de coleta de lixo (dimensão “infraestrutura urbana”), a queda da mortalidade infantil (dimensão “capital humano”) e a redução do trabalho informal (dimensão “renda e trabalho”).

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