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Lula tomba com peronismo

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Vicente Serejo (Interino Danilo Sá)
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O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, saiu das urnas deste domingo (19) consagrado não apenas pela vitória acachapante – bem maior do que indicavam as pesquisas de intenção de voto. Ele obteve êxito sobre um governo que tentou, de todas as maneiras, beneficiar seu candidato, inclusive adotando medidas econômicas absurdas em busca de votos. Além disso, ainda contou com a simpatia e a contribuição brasileira, sob as bênçãos do presidente Lula.


Ao assistir a queda da candidatura de Sergio Massa, responsável direto pelo comando da economia argentina – que vê a inflação atingir inacreditáveis 140% -, Lula agora precisará arcar com as consequências de ter tomado posição tão clara na disputa no país irmão. O petista acreditou que era possível manter no poder os responsáveis por destruir a nação. Lula apostou, perdeu e tombou com o peronismo.

Antes mesmo da disputa começar, a sensação que o petismo passou para a imprensa – daqui e de lá -, era de que se tratava de uma vitória fundamental para os planos da legenda e de seus aliados na região, aqueles mesmos que integram o tal Foro de São Paulo, antes tão negado e agora tratado como referência para a esquerda latina. O envolvimento foi tamanho que ficou difícil até encontrar argumentos para amenizar o revés eleitoral.


Lula recebeu o presidente argentino Alberto Fernández pelo menos cinco vezes. Também foi para a Argentina a primeira viagem internacional do petista em seu terceiro mandato; uma demonstração clara do seu apoio ao peronista. Em seguida, o próprio Massa esteve no Planalto para se encontrar com o petista. Isso, sem falar no envio dos marqueteiros, que atuaram na campanha lulista de 2022, para derrotar Milei.


E a tentativa brasileira de influenciar o pleito argentino não parou por aí. Lula buscou, sem sucesso, contribuir com a economia argentina através do BNDES e até do Brics; e articulou “ajuda” milionária do FMI, entre outras ações. Hoje, é difícil imaginar como será a relação entre os dois, ainda mais se levarmos em conta que Milei jamais se negou a chamar o líder brasileiro de “ladrão e corrupto” sempre que tinha a oportunidade.


Por sua vez, com o resultado histórico, Milei poderá ser decisivo para o futuro político da América Latina. Com ideias que representam uma verdadeira ruptura diante das gestões do país, o vencedor terá a chance de recolocar a Casa Rosada nos trilhos. Mas, precisará ter a coragem que demonstrou na campanha para colocar todas as suas ideias em prática. O fato é que, no calor do momento, é quase impossível prever como será a relação Lula-Milei.

PALCO

Lições 1 Em política, também é preciso saber jogar, ganhar e perder. Não há vitória garantida para quem deseja crescer na representação do povo. Por falta de coragem, bons nomes já ficaram pelo caminho, esquecidos no tempo.

Lições 2 Também são muitos os exemplos dos que, satisfeitos com o comodismo da vitória a qualquer custo, preferiram se unir a antigos desafetos a lutar pelos votos. O castigo, às vezes, vem da frieza das urnas.

Crise O Governo Fátima vê o tempo passar e parece não encontrar novos argumentos para convencer a maioria dos deputados estaduais a votar a favor de manter o ICMS em 20% no próximo ano. E não há plano B.

Educação Na quinta (23) o CEI (Romualdo e Roberto Freire) lançará o Academic Experience, voltado para o desenvolvimento de competências linguísticas e para abrir portas em universidades no exterior. Será uma live no Instagram pelo perfil @colegio_cei, às 19h.


Cabuloso A visita da mulher de um dos líderes do Comando Vermelho aos Ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos, com passagens pagas pelos cofres públicos, continua sem explicação minimamente convincente.

Desmoralização “Reação de Lula às reuniões no Ministério da Justiça com a mulher de um chefão do tráfico mostra que a prioridade não é segurança pública, e sim defender o companheiro Dino”. De editorial do Estadão.

Padrão Gleisi Hoffman e Flávio Dino partiram para o ataque contra Andreza Matais, editora do Estadão e responsável por revelar a agenda da dama do tráfico em Brasília. E pensar que estes acusavam Bolsonaro de atacar a imprensa.

Honra É com muito orgulho que este jornalista aceita o desafio de substituir o eterno professor Vicente Serejo até seu retorno no dia 5. Com a esperança que o aprendizado nas cadeiras da UFRN possa manter o nível neste espaço. O que parece ser impossível.

BILHETES DE VIAGEM – I

(Por Vicente Serejo)
Porto – Estes bilhetes serão sempre curtos, meu caro Danilo, se a própria vida é breve. Portugal lança três livros da literatura infantil brasileira: ‘Marcelo Martelo Marmelo’, de Ruth Rocha, ‘Arca de Noé’, de Vinícius de Morais; e ‘Chapeuzinho Amarelo’, de Chico Buarque de Holanda, este numa edição Tinta da China que circula ao mesmo tempo em Portugal e no Brasil. Em ‘LER’, a mais importante revista cultural dos portugueses, ‘Caderno de Anotações’, o resumo biográfico de Millôr Fernandes está ao lado dos grandes nomes desaparecidos entre julho e setembro deste ano. Na crônica da edição de domingo, no jornal ‘O Público’ – “Três brasileiras e um português”, o escritor Miguel Esteves Cardoso elogia a beleza das três moças brasileiras que viu e seguiu numa calçada. Simpático, citou os poetas Drummond e Cesariny. Era só. Amanhã, escrevo mais, se encontrar notícias do Brasil nestas margens do Douro. (VS).

Os artigos publicados com assinatura não traduzem, necessariamente, a opinião da TRIBUNA DO NORTE, sendo de responsabilidade total do autor.

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