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Os mensageiros cósmicos

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instragram @alexmedeiros1959
O Universo é banhado em raios cósmicos, feixes de partículas acelerados em alta velocidade. Eles vêm à Terra constantemente, embora a atmosfera nos proteja deles. Mas a origem dos raios cósmicos mais energéticos, conhecidos há mais de cem anos, sempre foi um mistério para os pesquisadores.

Agora imagine uma galáxia distante 4 bilhões de anos-luz do nosso planeta, onde em seu centro gira como uma centrífuga infinita um dos mais massivos buracos negros que se tem notícia, e que de maneira praticamente impossível à nossa compreensão lança do seu bojo raios poderosos em direção à Terra.
Nos últimos anos, os cientistas andam intrigados e a imprensa faz comparações com a ficção científica, lembrando do filme Prometheus, a obra de Ridley Scott que mostra uma missão espacial em busca de um planeta de onde partem sinais que indicam contato voluntário de vida alienígena.
A partir da faixa de uma única partícula, um neutrino, uma parceria internacional de cientistas sediados no observatório Ice Cube, na Antártida, foi feita para ter o rastreamento de uma das possíveis origens dos raios cósmicos de alta energia, exatamente nessa galáxia do enorme buraco nego.
O feito abriu novas possibilidades na chamada astronomia multi mensageira, que começou em 2019 com a detecção simultânea de um choque de estrelas de nêutrons por ondas gravitacionais e eletromagnéticas. A fonte desse neutrino, e os raios cósmicos que o originaram, é um objeto conhecido como blazar.
Segundo a revista Science, a tal galáxia abriga em seu centro o buraco negro supermassivo que engole toda a matéria que se aproxima, num fenômeno extremamente violento e num equilíbrio precário, poucas vezes percebido no mapeamento do cosmo.
Quando o equilíbrio se rompe, emite raios de radiação eletromagnética e raios cósmicos de alta energia, e todos apenas na direção da Terra. É por isso que os pesquisadores conseguiram localizá-lo, através de um esforço conjunto de vinte observatórios localizados na Terra e no espaço.
Por isso também a astronomia utiliza dois tipos de mensageiros: ondas eletromagnéticas e neutrinos. “Os neutrinos abrem uma nova janela para observar o Universo”, disse Darren Grant, pesquisador da Universidade de Alberta (Canadá) e primeiro dos que assinaram o estudo.
Os neutrinos são partículas praticamente indetectáveis, considerados fantasmas do mundo subatômico. Como interagem muito pouco com a matéria, podem navegar pelo universo em linha reta e atingir distâncias de milhões de anos-luz. Mas podem ser rastreados e indicar a fonte dos raios cósmicos onde são gerados.
Quatro depois das primeiras evidências deles por aqui, uma série chinesa de ficção científica está dando mais dimensão às teses dos sinais vindos do espaço profundo, como aquele velho “wow” de 1977. A série “O Problema dos Três Corpos” ganhou uma versão ocidental e ambas estão disponíveis nos streamings.

Rejeição Os altíssimos índices de rejeição da governadora Fátima Bezerra começam a acender a luz de alerta nas pré-candidaturas do PT nos municípios, principalmente em Natal onde a legenda jamais venceu eleição para prefeito.

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