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Pilotos cobram as autoridades potiguares por vias de acesso ao ponto turístico de Jucurutu

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Para quem gosta de esporte fora de estrada, está chegando a hora de participar de uma das provas mais belas do RN, que é a 16ª edição do Desafio da Serra de João do Vale “Trilha do Pacífico”, um destino admirado por todos os participantes. Na atual temporada, a prova que possui alguns desafios para deixar o trajeto mais divertido para pilotos e navegadores, tem como meta alertar as autoridades da necessidade da pavimentação do caminho da serra, um compromisso assumido há dez anos e que ainda não foi concluído. A prova vai ocorrer no período de 3 a 5 de maio, na cidade de Jucurutu.


A assinatura da ordem do serviço de asfaltamento do acesso à Serra ocorreu na abertura da VI edição do desafio e, até hoje, não apenas os participantes da prova como também a população da localidade e dos municípios vizinhos, esperam o cumprimento da promessa. O serviço de pavimentação é apontado como um importante instrumento para o desenvolvimento da João do Vale, que tem um potencial inestimável para a prática do turismo rural, ecológico e de aventura, de acordo com o coordenador do evento, Aldemar de Almeida e Silva.


Este ano, a outra bandeira que será empunhada pelos participantes do evento, será focada no tema Agricultura Familiar Segundo o IBGE, o setor é responsável por mais de 60% dos alimentos consumidos pela população do Rio Grande do Norte.


“Vamos ter oportunidade de, na subida e na descida da Serra, pelo trecho normal, passarmos por dentro da propriedade de Lourival Pereira (seu Louro) que já foi tema do programa Globo Rural, da Rede Globo de Televisão. Ali são produzidos mamão, banana, goiaba, caju, amendoim, tomate, pinha, feijão, coentro, pimenta e cebolinha, entre outros que abastecem o comércio de Jucurutu”, enfatizou Aldemar.


Durante todo o trajeto e nas paradas previstas, serão realizadas algumas ações no sentido de reforçar as reivindicações e cobrar das autoridades do município, do Estado e também dos representantes locais no Congresso Nacional, para que abracem com mais afinco a conclusão da estrada, como forma de possibilitar o escoamento de produção de castanha de caju daquela localidade, impulsionar o desenvolvimento sustentável e melhorar a qualidade de vida dos seus moradores.


“Todos nós acompanhamos, mesmo à distância, o sofrimento que está sendo para a população de João do Vale, descer e subir a Serra por causa dos estragos provocados pelas chuvas, principalmente na única ligação que existe daquela comunidade com a cidade de Jucurutu”, frisou Aldemar de Almeida.


O desafio é aberto a qualquer proprietário de veículos 4 x 4. Como a época de chuvas está muito intensa no RN, os organizadores acreditam que os pilotos vão encontrar dificuldade para cumprir todo o trajeto pela Trilha do Pacífico, aberta numa fazenda que pertenceu a um antigo prefeito de Jucurutu, Pacífico de Medeiros. Existe também um segundo acesso, cujo trajeto é considerado mais ameno para “pilotos de primeira viagem”.


“Estamos prevendo uma prova de muito trabalho para superar as adversidades provocadas pelo terreno. Como a Trilha do Pacífico é basicamente realizada sobre pedras, o terreno, devido às chuvas, se torna muito escorregadio e exige muita experiência e habilidade de quem está pilotando. Teve um ano que um grupo de jipeiros entrou na trilha no sábado às 10 horas da manhã e chegou no cume na madrugada de domingo. esse desafio é para poucos”, afirmou Aldemar de Almeida.

História

A Serra de João do Vale possui muitas histórias, uma das quais, relatada por Luís da Câmara Cascudo em publicação no Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, em 9 de fevereiro de 1941. O folclorista falou sobre o registro da tentativa de implantação, em João do Vale, do maior projeto de fanatismo religioso que se teve notícia no RN. O movimento ficou conhecido como “Os Fanáticos da Serra de João do Vale”.


No material, Cascudo descreveu os acontecimentos protagonizados por Joaquim Ramalho do Nascimento, um dos chefes dos fanáticos. Joaquim, nasceu no sítio Cajueiro, em 1862, era filho de Manuel Ramalho do Nascimento e de dona Isabel Maria da Conceição. Em 1898, ele teve um ataque de epilepsia, caiu e,durante a crise começou a cantar. Quando recobrou os sentidos não se lembrava de nada. O fato se repetiu nas tardes seguintes e a notícia se espalhou rapidamente, aumentando o número de pessoas que queriam assistir à cena.

Joaquim Ramalho, que tinha lido Allan Kardec, passou a dizer que estava sendo possuído pelo espírito do velho vigário Manuel Fernandes e foi ganhando seguidores. O coronel Luiz Pereira Tito Jácome denunciou o movimento ao governador do Estado, desembargador Joaquim Ferreira Chaves que, mandou prender Joaquim Ramalho.

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