São Paulo, 23 (AE) – Enfrentando sua primeira crise desde que chegou ao Parque São Jorge, o técnico Antônio Lopes já adiantou que escalará o meia Ricardinho na partida de domingo, contra o Rio Branco, em Americana. Contratado do Santos, o jogador já se colocou à disposição para fazer sua reestréia com a camisa corintiana e, assim, tentar abafar o início de crise que se formou após a derrota para a Portuguesa, quando Lopes foi chamado de “burro” pela torcida.
Nos bastidores do Parque São Jorge, Lopes nunca foi uma unanimidade, nem mesmo após a conquista do tetracampeonato brasileiro. A saída de Carlos Bianchi do comando do Atlético de Madrid, há duas semanas, só aumentou a vontade daqueles que sonham com o argentino, recordista absoluto de títulos da Libertadores (quatro), dirigindo o Corinthians, que nunca conquistou esse torneio.
Escolado, Antônio Lopes procurou minimizar a pressão e as críticas. “Isso é normal dentro do futebol. Perdemos o jogo e a gente aceita perfeitamente a insatisfação da torcida, que quer sempre ganhar, é claro. Mas é preciso entender que estamos num período de recomposição física”.
Além de Ricardinho, entram no time aqueles que foram poupados contra a Portuguesa: Eduardo, Marcelo Mattos, Carlos Alberto e Nilmar. Antônio Lopes diz que usará a semana livre para aprimorar o entrosamento da equipe e, principalmente, encontrar um lugar para Ricardinho no meio-de-campo, o que não será difícil, já que Mascherano e Roger permanecem machucados.
Edmundo gera uma nova polêmica após ilegalidade
O gol de Edmundo ao estilo Maradona tem mais um dia de polêmica. O lance aconteceu aos 6 minutos do segundo tempo, no jogo de domingo entre Palmeiras e Mogi Mirim. Ao tentar cabecear a bola, o atacante usou a mão e marcou. O árbitro Anselmo da Costa se confundiu com a jogada e só anulou o gol quando o bandeirinha Flávio Lúcio Magalhães o alertou. Até aí o lance teria sido comum. A discussão começou depois que Edmundo acusou o bandeirinha de pegar informações com um repórter que estava por perto. “Um jornalista avisou o bandeira que tinha sido (gol) de mão. O bandeira não tinha condição nenhuma de ver”.
Para tirar a dúvida, o SporTV comprovou com imagens que não havia nenhum jornalista próximo ao auxiliar. O bandeirinha também retrucou a acusação do palmeirense: “Meus instrumentos em campo são a bandeira e minha visão. Não conversei com ninguém, apenas vi o gol com a mão e avisei o árbitro. Fiz minha obrigação.”
O caso já está no Tribunal de Justiça Desportiva, que pode acabar com a polêmica. Segundo o secretário do TJD, Carlos Silva, nos relatórios enviados pela arbitragem da partida há só uma referência que não tem peso para levar o caso a julgamento. “Os relatórios não apresentam menção alguma sobre o lance. Está descrito que o Edmundo foi advertido por atitude inconveniente”, afirmou. O coronel Marcos Marinho, chefe da comissão de arbitragem, garante que não há motivo para estender o caso.