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Escolas dão show na avenida

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INOVAÇÃO -  As escolas natalenses brilharam na Ribeira desfilando com carros alegóricos

Os dois primeiros dias de desfile das escolas de samba em Natal trouxeram um grande número de espectadores à Ribeira, lotando as ruas e arquibancadas. No primeiro dia, apesar de esperar a passagem de quatro escolas de samba, apenas três apareceram, a Escola Estação de Samba Primeira da Redinha atrasou e acabou não comparecendo. Já no domingo, segundo dia, o número de espectadores não foi tão grande quanto o primeiro, mas todas as escolas saíram pontualmente.

Ao contrário do sábado, quando nada saiu tão como planejado, escolas atrasaram, ordem do desfile foi invertida, mas as improvisações deram certo e acabou na hora prevista, à 01h. Para começar, o bloco da Prevenção DST/AIDS, sobre organização da Prefeitura de Natal e Secretaria Municipal de Saúde trouxe um desfile para alerta contra preconceitos. Com o slogan “AIDS e Racismo – O Brasil precisa viver sem preconceito” e a participação da Associação da Terceira Idade Natalense, voltou-se atenção à participação de idosos, incluindo alguns fantasiados que abriram o bloco e vários outros em todo o desfile, além de distribuir preservativos como forma de proteção para o carnaval e minimização do preconceito às doenças sexualmente transmissíveis.

A única Tribo de Índio do sábado, os Potiguares que completam 84 anos de apresentação carnavalesca este ano, passou na avenida contemplando “Felipe Camarão – a saga de um bravo”. A tribo que não concorre ao prêmio, pois é patrimônio histórico da cidade, homenageou o índio guerreiro, batizado no catolicismo, mas que sempre lutou para proteger seu grupo.

Após a tribo, a escola  Grande Rio do Norte, trouxe muito atraso, sem nenhum membro na concentração. Depois de mais de 30 minutos de espera, às 22h, a escola de samba Águia Dourada teve autorização para entrar na avenida. O enredo deles este ano foi “Música”, trazendo a evolução musical, especialmente dentro do país.

Cada ala representava uma região do país, outras marcavam um estilo musical, como o frevo, sertanejo e até mesmo a dança de rua, e fazia uma mistura nessa formação da cultura do país. Além disso, levaram dois carros alegóricos ao desfile, um deles, entretanto, teve parte da estrutura danificada e o casal que era levado em cima, teve que fazer o percurso na avenida.

Com a passagem da Águia Dourada, novamente a Grande Rio do Norte teve problemas. Todos já estavam presentes, mas a Bateria ainda não estava na concentração. Segundo o regulamento para o desfile, existe uma tolerância de dez minutos de espera para a escola sair, o que não foi respeitado. Além disso, a Grande Rio não tinha nenhum carro alegórico, Mestre-sala e Porta-bandeira e por tudo isso, eles perdem vários pontos. Somente às 23h10 conseguiram começar o desfile trazendo como enredo “Maravilhas do Mar” com Comissão de Frente sem coreografia e alguns improvisos nas fantasias.

A escola Malandros do Samba, para compensar o atraso, já estava presente no local desde as 23h e foi a última a sair na avenida com o samba-enredo “Malandros do Samba e Você nos 65 anos do Rei Roberto Carlos”, mas só às 23h50. A campeã do ano passado prestigiou músicas do cantor, a vida e suas características. O compositor do enredo, Gerson Oliveira, acredita que foi tudo muito bem, com exceção das falhas com o carro de som ao final do desfile.

No domingo, a primeira tribo de índios, os Comanche desfilaram pela primeira vez na cidade e saiu melhor do que o esperado. Pontuais e com ótima apresentação, foram bem recebidos pelo público. Logo após, a tribo Guaracy, campeã de 2004, homenageou o tema “Paz para a natureza”, com índios cuspidores de fogo. A terceira e última tribo da noite, Tupi-Guarani homenageou as forças da natureza, representadas pelos “Filhos da Lua, Filhos do Sol”.

Enredos exaltam liberdade e homenageiam o Rei

A primeira escola de samba a desfilar no domingo, Acadêmicos do Morro, da comunidade de Mãe Luiza, trouxe como enredo “Liberade, liberdade – somos todos iguais”. Trata-se da recordação dos negros africanos, suas tradições e história dentro do Brasil como parte viva da cultura nacional. De acordo com Pamela Ocione, que desfilou na escola à frente da Ala dos Orixás, esse ano o grupo se superou e saiu tudo como esperado.

A segunda escola de samba da noite, Império do Vale, a única a ter uma mulher como intérprete do samba-enredo, homenageou a cidade de Ceará-Mirim. Logo após, a passagem da União Alecrinense trouxe como tema “Cavalo – o Rei Milenar da Montaria”, citando históricos fatos envolvendo o animal, como o Cavalo de Tróia e lendas de cavalos alados e cavalos-marinhos, mas com participação de poucos no desfile.

A última escola da noite do domingo, Em Cima da Hora, antes do início do desfile, pediu um minuto de silêncio em memória do ex-intérprete falecido do grupo. Depois disso, entrou na avenida para mostrar que fizeram bem o enredo do ano, “Índios – do Brasil Colônia aos Carnavais”. Através desses dois pontos, ligavam a formação histórica do país e a cultura local, envolvendo o samba, índios e portugueses.

O público compareceu e torceu por suas escolas e tribos. De acordo com as domésticas Ceiça Melo e Ana Patrícia Isaías, a programação deste ano está bem melhor, mais distribuída, acaba mais cedo e tem mais o que fazer, já que tem festas todos os dias. Para o casal Carlos Antônio e Francisca da Cruz Silva o desfile estava muito bom, mas trazer os três filhos pequenos pode dar um cansaço a todos.

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