O Teatro Alberto Maranhão, mais antigo palco cultural da capital potiguar, terá dois dias para tremer ao som de graves pesados, beats, rimas, muita ginga e consciência. A casa receberá nestas terça e quarta (21 e 22) a 8ª edição do Festival Rap_Presenta, evento que celebra a cena hip-hop natalense, reunindo neste ano 24 atrações, dos mais variados estilos. O festival também está comemorando os 50 anos do hip hop, gênero que mudou a música contemporânea no final do século XX.
A programação vai contar com apresentações de MCs e coletivos, grupos dança breaking, competições de slam (poesia e discurso em ritmo de rap), grafites, exibição de documentário, e premiações. “Há quase 10 anos, o Rap_Presenta vem contando a história da música rap produzida no RN, por meio de um recorte de artistas autorais, unindo jovens e veteranos que veem no palco do festival um importante momento em suas carreiras”, afirma Marcelo Veni, idealizador do evento.
O festival abre na terça às 14h com discotecagens dos DJs Magrone e Nato, seguidas de Bagdá ZL, Nanduzz, a competição ‘Slam da Coruja’, performance do Coruja Breaking (com Nigga Boy, Soul Family, Lualu e Thais Félix), Ucria, Costa Norte Mcs; a partir das 18h, apresentações de Ale Du Black, Johnson Feuz, APNS Del, Ravia, Anjoos, Breno Slick, e IPCS.
Na quarta o som começará a partir das 18h, DJ Nato, apresentação do documentário “Rap_Presenta”, o coletivo de novos artistas Viegas Label Records (com Caju, Fabricia Januário, Kmachi, Kmax, Amont, Mes1n, MF Silva e Torris), performance de danças urbanas “Power Black”, com Mariana Lisboa, Pretta Soul, entrega do Prêmio Lelo Melodia de Hip-hop potiguar, apresentação do espetáculo slam “Cor?Po”, da Flechada Lírica Potiguar, Mano Edu, e finalizando com o rapper CazaSuja.

O Rap_Presenta nasceu em 2014, abrindo espaço para artistas do rap, funk, trap e demais elementos do hip-hop na agenda do Natal em Natal. O credenciamento artístico para compor a programação de 2023, reuniu quase de 50 propostas, 17 foram selecionadas e sete atrações foram especialmente convidadas.
Para Marcelo Veni, o crescimento do evento ao longo dos anos reflete a importância de ter no RN um festival que dialoga com as bases do movimento hip-hop, e que tem um olhar para fortalecer e abrir possibilidades para renovação. Há muitos jovens produzindo, dando um novo gás ao estilo, o que é notado também no público.
“Muitos vão participar pela primeira vez de um festival. Alguns vão entrar pela primeira vez no teatro e para fazer seu show. É muito significativo proporcionar esse momento que certamente vai marcar a recente trajetória de cada um na música”, afirma o produtor cultural.

O berço do hip-hop é o bairro do Bronx, em Nova York, no qual o gênero foi criado entre as comunidades negras e latinas. O rap estabeleceu o canto falado, com rimas e críticas sociais. O DJ trazia as bases eletrônicas funkeadas, juntando a isso a dança break, e os desenhos dos grafites.
Serviço:
8º Festival Rap_Presenta. Dias 21 e 22, no Teatro Alberto Maranhão. Terça, a partir das 14h, e quarta às 18h. O acesso será 1kg de alimento que será doado para o GAAC e Projeto Pão com Mortadela.