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Natal recebe presidente nacional do IBAMA para palestra sobre a Caatinga

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O Presidente Nacional do IBAMA, o biólogo, ambientalista e advogado Rodrigo
Antônio de Agostinho Mendonça (45), estará em Natal no próximo dia 29, a partir das 13 horas para proferir palestra sobre o bioma Caatinga e comemorar os 35 anos de criação do órgão no Brasil.


O evento ocorrerá na sede do IDEMA na Alexandrino de Alencar vizinho ao IBAMA – RN e está sendo organizado pela superintendência do IBAMA RN, Governo do Estado e pelo Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga da UNESCO.


Segundo o superintendente do IBAMA RN professor Rivaldo Fernandes, já estão confirmadas a presença do presidente Nacional do IBAMA, Rodrigo Agostinho, a Governadora Fátima Bezerra, O professor Francisco Carneiro Barreto Campelo coordenador do programa da UNESCO para a Caatinga, da Deputada Federal Natália Bonavides e Fernando Mineiro. O Deputado Hermano Morais representará a Assembleia Legislativa do Estado. O presidente do IDEMA Werner Farkatt será o anfitrião do encontro.


Estarão na mesa de palestras a professora Rosemeire Cavalcante da UFRN e pesquisadora do bioma caatinga, o professor Diego Pereira Costa da Universidade Estadual de Feira de Santana e organizador do SAD Caatinga – Sistema de Alerta de desmatamento, o Professor Josevan Barbosa Doutor em ciências dos alimentos e desenvolvimento sustentável da UFERSA – Universidade Federal Rural do Semiárido do Rio Grande do Norte, e do jornalista especializado em desenvolvimento sustentável Dirceu Simaburu, e do Dr Robson Henrique da SEMARH.

Sobre a Caatinga

A Caatinga é um dos biomas mais importantes e diversificados do Brasil, sendo considerado único no mundo devido à sua flora e fauna específicas. Com aproximadamente 10% do território nacional, a Caatinga abriga uma grande diversidade de espécies, contribuindo significativamente para a biodiversidade do país.


Um dos aspectos mais marcantes da Caatinga é a sua vegetação, composta por uma grande variedade de plantas com flores. Segundo dados do Journal of Arid Environment, as florestas e bosques da Caatinga contam com 3.247 espécies, distribuídas em 962 gêneros e 135 famílias. Destas espécies, 15% são endêmicas, ou seja, só podem ser encontradas nesse bioma.


Outro ponto importante a se destacar é a relação espécie/área da Caatinga. De acordo com o mesmo estudo, a Caatinga possui quase o dobro da diversidade de espécies endêmicas em comparação com a Floresta Amazônica, o que ressalta a importância e singularidade desse bioma. No entanto, apesar de sua riqueza, apenas 1,2% do Semiárido nordestino é protegido por unidades de conservação, o que torna a região vulnerável a ameaças como desmatamento, mudanças climáticas e práticas agrícolas insustentáveis.


Infelizmente, a Caatinga vem sofrendo com a perda de sua cobertura vegetal, com cerca de 46% de sua vegetação original já tendo sido destruída. Nos últimos 37 anos, estima-se que 10% da vegetação nativa da Caatinga tenha sido perdida, segundo o MapBiomas. Diante desse cenário preocupante, é fundamental que haja um olhar diferenciado e ações efetivas para a conservação e preservação desse bioma tão rico e diversificado.


É essencial que sejam implementadas medidas de proteção e manejo sustentável da Caatinga, visando garantir a sua conservação e promover o desenvolvimento sustentável da região. A preservação da Caatinga não apenas contribui para a manutenção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, mas também para a manutenção da cultura e do modo de vida das populações locais que dependem daquele ambiente para sua sobrevivência. Portanto, a valorização e proteção da Caatinga são fundamentais para a conservação da biodiversidade e o equilíbrio ambiental no Brasil.

A caatinga, um dos seis biomas brasileiros, é um ecossistema único e extremamente biodiverso, ocupando uma área de mais de 800 mil km² e presente em nove estados do Nordeste. No entanto, a ocupação desordenada e o uso predatório do terreno, somados ao fenômeno climático da seca, têm contribuído significativamente para o processo de degradação ambiental deste bioma.


A seca é um fenômeno climático recorrente na região da caatinga, mas também é um problema de ordem política, uma vez que a má gestão das águas e a preferência dos gestores públicos pelo uso de carros-pipa como método de enfrentamento dos períodos de estiagem têm agravado ainda mais a situação. A falta de políticas públicas específicas para a recuperação de áreas degradadas e a implementação de tecnologias de retenção da água no bioma é um dos principais desafios enfrentados.


No Rio Grande do Norte, por exemplo, o ciclo do algodão provocou o maior desgaste dos solos no estado, sendo a jurema preta um bioindicador desse processo de degradação. Atualmente, a ocupação urbana desordenada e a agricultura predatória são as principais causas da continuidade da degradação ambiental na região.


É importante ressaltar que, apesar de ser um dos biomas mais biodiversos do planeta, a caatinga enfrenta sérios problemas de degradação ambiental devido à ação humana. A conscientização da população e a implementação de medidas sustentáveis são essenciais para a preservação deste ecossistema único e fundamental para a manutenção da biodiversidade e dos recursos naturais da região.

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