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Desfile é marcado por protestos no Brasil

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Brasília (AE) – O final do desfile de Sete de Setembro em Brasília foi marcado por um protesto contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Cerca de 150 manifestantes romperam uma das grades de segurança, invadiram o gramado da Esplanada dos Ministérios e conseguiram chegar a menos de cem metros do palanque onde estava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os manifestantes cobravam a saída de Sarney da presidência do Senado. “Sou brasileiro, sou patriota, mas eu não sou idiota”, gritavam os manifestantes, em sua maioria estudantes de escolas secundaristas e da Universidade de Brasília (UnB). Com as caras pintadas, muitos usando nariz de palhaço, eles carregavam cartazes e faixas com frases de efeito. Sarney não compareceu ao desfile – o Poder Legislativo não esteve representado na parada do Sete  de Setembro porque o deputado Michel Temer (PMDB-SP) também não apareceu.
Seguranças conseguem impedir que manifestantes chequem perto do palanque onde estava Lula
A intenção dos manifestantes era chegar o mais próximo possível do presidente, para que ele visse o protesto. Não deu muito certo. Assim que alcançaram a penúltima grade antes do palanque de Lula, os manifestantes foram contidos por 15 seguranças da Presidência, que correram para evitar que eles se aproximassem. Houve um princípio de confusão. Os manifestantes ainda tentaram medir força com a segurança, mas quando conseguiram furar o bloqueio, Lula já havia descido do palanque – estava entrando no carro oficial que o levaria de volta ao Palácio da Alvorada. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, tinha acabado de sair. Mesmo assim, o grupo elevou o tom dos gritos de protesto, que se misturavam aos ruídos dos aviões da Esquadrilha da Fumaça. A Polícia Militar foi chamada.

Os cartazes continham dizeres como “Fora, Sarney” e “Não aos atos secretos”, este último em alusão aos boletins sigilosos do Senado revelados pelo Estado no dia 10 de junho. Os estudantes, que disseram ter começado a preparar o protesto uma semana antes, também levaram para a Esplanada cartões vermelhos, como os do futebol, para repetir o gesto usado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP) para pedir em plenário a renúncia de Sarney. “Viemos protestar contra a permanência do senador na presidência”, disse a estudante Marisa Peixoto, 22 anos, da UnB.

Logo após a cerimônia, o grupo de manifestantes aproveitou a Esplanada sem autoridades para encerrar o protesto num “desfile” simbólico. Não foi a primeira ação de estudantes da UnB contra Sarney. No dia 13 de agosto, um grupo de jovens invadiu o Senado e passou três horas detido pela polícia da Casa No dia 22, os estudantes foram à casa do senador em Brasília para pedir sua saída do cargo. Segundo a assessoria de Sarney, ele não compareceu ao desfile de 7 de setembro porque viajou sexta-feira a São Luís para “descansar”. O senador retornaria hoje à noite a Brasília. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), também faltou à cerimônia. De acordo com a assessoria do deputado, ele optou por ficar com a família. Outra ausência foi a do vice-presidente José Alencar, em tratamento contra um câncer.

Além da manifestação contra Sarney, um grupo de 20 pessoas aproveitou para pedir que o Supremo Tribunal Federal (STF) não permita a extradição do italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos na década de 70. O pedido de extradição para que cumpra a pena na Itália deve ser julgado nesta semana pelos ministros do STF. O presidente da Corte, Gilmar Mendes, era um dos convidados do desfile.

Desfile termina mais cedo em Mossoró

O desfile de Sete de Setembro foi encerrado mais cedo em Mossoró, após uma confusão entre manifestantes do “Grito do Excluídos”, servidores municipais em greve, Polícia Militar e membros da Prefeitura Municipal. O problema acabou gerando frustração a muitos que foram até a avenida Alberto Maranhão para participar da festa cívica.

Há doze anos, o “Grito” – formado por sindicatos, grupos sociais e Organizações não-governamentais – desfilava em Mossoró, constando na programação da parada oficial. Ontem o cerimonial da prefeitura encerrou o desfile antes que os manifestantes passassem, impedindo também a apresentação da rede municipal de ensino e escolas particulares. Houve tumulto e a PM precisou agir para conter os ânimos.

Em Caicó, o Sete de Setembro deste ano em Caicó foi marcado por  homenagens aos combatentes da Segunda Guerra Mundial e ao professor Antônio Dantas, morto em abril deste ano. A homenagem aos combates foi prestada pelo 1º Batalhão de Engenharia e Construção. Destaque ainda para as unidades que trabalham na construção de aeroporto de São Gonçalo do Amarante e de rodovias federais.

O desfile atraiu milhares de pessoas que assistiram à passagem das escolas e das unidades militares no avenida Coronel Martiniano, um das principais da cidade.

As evoluções começam com a Filarmônica Recreio Caicoense. Seguida pela Escola Professor Severino Lopes da Silva – Educação Inclusiva (APAE), Escola Hermann Gmeiner, Escola Severina Ernestina Abigail, Escola Presidente Kennedy, Escola Ivanor Pereira, Escola Maria Bernadete Marques Ginane, Escola Professor José Gurgel de Araújo, Escola Mateus Viana, Escola Raimundo Guerra e Escola Severina Brito da Silva.

Os bombeiros aproveitaram o desfile para chamar a atenção sobre a gravidade dos acidentes de trânsito. Sobre um caminhão-guinho, bombeiros-mirins mostravam como é feito o resgate das vítimas de colisão.

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