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Emprego cresce em marcha lenta

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Andrielle Mendes
repórter

O Rio Grande do Norte registrou o terceiro menor crescimento do Nordeste (2,67%), em empregos com carteira assinada, de janeiro a novembro. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego, revela que o RN ficou em melhor posição apenas que Alagoas, que registrou queda no saldo de empregos – diferença entre contratações e demissões – e  Pernambuco, que fechou os primeiros 11 meses do ano com o menor crescimento da Região.

O ritmo de crescimento de  Sergipe (+5,29%) foi quase duas vezes maior que o do RN. Maranhão, Piauí, Ceará e Paraíba registraram crescimento superior a 4%. Aldemir Freire, economista e chefe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atribui o desempenho potiguar ao baixo nível de investimentos públicos e acredita que os números de 2014 serão melhores. “Teremos Copa e eleições, o que deverá aquecer comércio e serviços, aumentando a demanda em hotéis, bares, restaurantes, shoppings, e em empresas de publicidade, no que se refere às eleições”, analisa.

As obras de mobilidade, iniciadas nos últimos meses, deverão ganhar mais fôlego no início de 2014, abrindo mais postos de trabalho na construção civil, que também desacelerou este ano.

Fábricas

A indústria de transformação, incluindo a têxtil e de confecções, também deverá contratar mais em 2014, diz João Lima, presidente do Sindicato da Indústria Têxtil no estado. A indústria fechou os primeiros 11 meses do ano com o segundo pior saldo de empregos, atrás do setor extrativo. A grande responsável por isso foi a indústria têxtil e de confecções, que demitiu 6.914 pessoas de janeiro a novembro.

A tendência é que a indústria cresça mais em 2014, acredita João Lima. “A indústria cresceu 0,8% no ano passado e esse ano deverá crescer 1,4%. A expectativa, segundo divulgado, é que o setor cresça 2% em 2014. Tudo isso deverá se refletir na geração de emprego, porque a tendência é que o crescimento do setor puxe a geração de emprego”, afirma.

Uma das razões para o otimismo é o ‘câmbio médio’, que deverá ficar mais caro em 2014, reduzindo a competitividade dos produtos importados, comprados em dólar e vendidos no país, diz Lima. Segundo ele, o mau desempenho da indústria têxtil também é reflexo do elevado custo para produzir no país. Custo que, afirma, só cairá quando o governo reduzir a carga de tributos das empresas, simplificar as leis trabalhistas, e melhorar a logística para facilitar e baratear o escoamento das cargas. 

Além da indústria de transformação, o setor extrativo ajudou a puxar os números do estado para baixo nesses primeiros 11 meses. Os setores que fecharam o período com melhor saldo foram os de serviços, comércio e administração pública, que juntos respondem por 60% de todas as oportunidades de emprego abertas até novembro.

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