São Paulo (ABr e AE) – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os eletrodomésticos da chamada linha branca (geladeiras, lavadoras de roupa, tanquinhos e fogões). A desoneração estava em vigor desde janeiro e acabaria no final deste mês. O benefício foi prorrogado por três meses, até o final de junho.
O ministro também retirou o IPI para a linha de móveis por três meses, até então o imposto era 5%. Segundo Mantega, uma edição extra do Diário Oficial da União colocaria a medida em vigor ainda ontem. As desonerações atingem também os revestimentos laminados, que tiveram a alíquota do imposto zerada, luminárias e lustres que passou de 15% para 5%, e os papéis de parede, de 20% para 10%.
O Ministério da Fazenda prevê que o governo deixará de arrecadar R$ 489 milhões com as desonerações. Em contrapartida, os setores beneficiados não poderão demitir trabalhadores. “Esperamos até que o número de empregos seja aumentado para atender à demanda, que deve crescer”, afirmou Mantega. Segundo ele, as medidas têm o objetivo de estimular a reativação da economia.
A medida também passa a valer para móveis, laminados e luminárias e o objetivo do governo é estimular a economia.
Anunciada em dezembro de 2011, a redução do imposto sobre eletroeletrônicos da linha branca valeria até o final deste mês. Nos últimos três meses, sob o impulso do benefício, as vendas desses produtos aumentaram cerca de 20% em relação a igual período do ano passado, segundo levantamentos de representantes do varejo.
O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) informou, por meio de nota, que a prorrogação da redução do Imposto da chamada linha branca e a expansão do benefício para os setores de móveis, laminados, luminárias e papéis de parede até 30 de junho de 2012 serão repassados de forma imediata aos consumidores. “O varejo compromete-se a repassar a redução de impostos no preço para o consumidor final, como já fez anteriormente”, diz o comunicado, acrescentando que a medida deverá também manter os empregos na indústria. “O instituto sempre defendeu esta medida pelo impacto positivo que ela traz para o consumo de bens duráveis e para toda a cadeia econômica”, afirmou.
